quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ÒPÁÓKÁ

Foto: " Aquela que sabe responder o chamado de Aroni 
Espírito venha curva-se para a Dona da floresta "

     Opaoka 

Os mitos Yorùbá, nos revela que esta Ìyágba, também conhecida como Ìyá Nbanba, Ìyá Mo, Ìyá Òdé ,entre tantos outros epítetos, vivia juntamente com outras duas irmãs, Ìyá Mepere e Ìyá Bokolo, muito antes da fundação da cidade de Ketu, em uma cova situada abaixo do Òpó méta, três robustos troncos de mogno-da-guiné , conhecido em Yorùbá com o nome de Ògànwó. 

As três irmãs selaram um pacto de nunca dar o nascimento a uma criança neste mundo, porém, Ìyá Apáòka não cumpre o prometido e juntamente com Òrìsà Oko dá a luz a um menino que mais tarde recebe o nome de Erinlè. 

Inlè como também é conhecido, funda a Cidade de Ìlobùú , entre outras obras na Terra, retorna ao orun e regressa novamente ao àiyé no mesmo seio familiar, onde desta vez recebe o nome de Òdé . 

Este é um dos grandes segredos da ligação entre Inle e Òdé. 

Aquele que possui Inlè, deverá ter como complemento Òdé, mas não necessariamente o inverso. 

Aqui no Brasil, por diversas razões, houve a necessidade de uma redefinição e, consequentemente, foi feita a substituição do mogno-da-guiné pela jaqueira , denominada em Yorùbá de Tapónurin onde também foi designada o nome de apáòka em razão de ser a morada da divindade do mesmo nome.

De suma importância, devo ressaltar que a jaqueira é uma árvore originária da Índia e introduzida na Bahia por volta do século XVIII. 

Suponho que o tamanho e o porte da jaqueira, foram de fundamental importância para a efetiva substituição. 

Todas as árvores são sagradas por natureza, embora para que se possa prestar culto a esta divindade a mesma deverá receber os ritos litúrgicos onde consiste em plantar o asè ou acomodar os segredos de Ìyá Apáòka; depois de ser sacralizada, o tronco desta é adornado com um laço de tira branca e uma talha de três alças da qual sustenta um arco e flecha em ferro forjado.

Nos Terreiros de Candomblé, esta árvore divide o espaço com espécies variadas, como também “assentamentos” e emblemas de certos Òrìsà, num local denominado Ãbo de Òsóòsì Oru Gboru Òdé  do qual representa a “floresta africana”, de fundamental importância, pois a mesma não se encontra dissociada da vivência cotidiana dos africanos em geral. 

Anualmente, esta árvore recebe o sacrifício de animais com a finalidade de revitalização de seu àse, ocasião esta que a torna objeto de um culto especial. 

Quanto ao culto à Ìyá Mepere e Ìyá Bokolo, não se encontram vestígios, esta perdido na diáspora, assim como inúmeras outras divindades.
Opaoka

Os mitos Yorùbá, nos revela que esta Ìyágba, também conhecida como Ìyá Nbanba, Ìyá Mo, Ìyá Òdé ,entre tantos outros epítetos, vivia juntamente com outras duas irmãs, Ìyá Mepere e Ìyá Bokolo, muito antes da fundação da cidade de Ketu, em uma cova situada abaixo do Òpó méta, três robustos troncos de mogno-da-guiné , conhecido em Yorùbá com o nome de Ògànwó.

As três irmãs selaram um pacto de nunca dar o nascimento a uma criança neste mundo, porém, Ìyá Apáòka não cumpre o prometido e juntamente com Òrìsà Oko dá a luz a um menino que mais tarde recebe o nome de Erinlè.

Inlè como também é conhecido, funda a Cidade de Ìlobùú , entre outras obras na Terra, retorna ao orun e regressa novamente ao àiyé no mesmo seio familiar, onde desta vez recebe o nome de Òdé .

Este é um dos grandes segredos da ligação entre Inle e Òdé.

Aquele que possui Inlè, deverá ter como complemento Òdé, mas não necessariamente o inverso.

Aqui no Brasil, por diversas razões, houve a necessidade de uma redefinição e, consequentemente, foi feita a substituição do mogno-da-guiné pela jaqueira , denominada em Yorùbá de Tapónurin onde também foi designada o nome de apáòka em razão de ser a morada da divindade do mesmo nome.

De suma importância, devo ressaltar que a jaqueira é uma árvore originária da Índia e introduzida na Bahia por volta do século XVIII.

Suponho que o tamanho e o porte da jaqueira, foram de fundamental importância para a efetiva substituição.

Todas as árvores são sagradas por natureza, embora para que se possa prestar culto a esta divindade a mesma deverá receber os ritos litúrgicos onde consiste em plantar o asè ou acomodar os segredos de Ìyá Apáòka; depois de ser sacralizada, o tronco desta é adornado com um laço de tira branca e uma talha de três alças da qual sustenta um arco e flecha em ferro forjado.

Nos Terreiros de Candomblé, esta árvore divide o espaço com espécies variadas, como também “assentamentos” e emblemas de certos Òrìsà, num local denominado Ãbo de Òsóòsì Oru Gboru Òdé do qual representa a “floresta africana”, de fundamental importância, pois a mesma não se encontra dissociada da vivência cotidiana dos africanos em geral.

Anualmente, esta árvore recebe o sacrifício de animais com a finalidade de revitalização de seu àse, ocasião esta que a torna objeto de um culto especial.

Quanto ao culto à Ìyá Mepere e Ìyá Bokolo, não se encontram vestígios, esta perdido na diáspora, assim como inúmeras outras divindades.

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