terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Previsão para o ano 2015

Leitura para o ano 2015 ou como alguém gosta de dizer (Previsão para o ano 2015).

oxaguian
O Grande apreciador de inhame é um dos quatro guerreiros do Candomblé que irá reger o ano de 2015 no Orossi. Por esta razão as cores do ano de 2015 serão Azul e Branca, será indispensável para todos os filhos oferendar um inhame antes do Ano Novo para o grande guerreiro da Paz chamado de Ajagunã.Não devemos dizer que um sacerdote discorda de outro ou que nunca estamos em acordo entre nós (nossos desafetos adoram essas afirmações). As energias trabalhadas por mim em meu terreiro podem ser totalmente diferentes daquelas utilizadas por outros dirigentes, o que fatalmente, poderá nos trazer diferentes informações. Apesar disso acontecer com frequência, sempre há um Orixá que aparece como regente em noventa por cento das previsões sejam elas da Umbanda ou do Candomblé, pois é a energia dominante daquele terreiro. Outros orixás aparecem como divergentes por estarem dentro do campo de trabalho do Babalorixá ou Iyalorixá que efetuou os cálculos. Por isso sempre aconselho: procure saber junto ao seu Sacerdote qual será o orixá regente e tenha absoluta certeza que ali, dentro desse terreiro, as energias encontradas por ele para essa regência, são as que efetivamente comandarão o ano. Pelos meus cálculos e devidas consultas ao Oráculo, confirmo para todos os Filhos, Adeptos e simpatizantes do Ile Axé Ijino Ilu Orossi, o ano será comandado por quatro guerreiros: Danadana, Já, Jagun e Ajagunã. Na maioria dos terreiros de Candomblé do Brasil:
Ajagunã se tornou qualidade de Oxaguian.
Jagun se tornou qualidade de Obaluaye.
Já se tornou qualidade de Ogun.
Danadana se tornou qualidade de Osóssi.
Odé Danadana é o único orixá da linhagem de Osóssi que se alimenta de mel de abelha, como é caçador da noite, só aceita ser alimentado depois que o sol se põe, seu ewo é o óleo extraído do caroço do dendê denominado de àdin. Tem profundas ligações com as Ìyáàmi, guerreiro e muito parecido com seu irmão Ogun e Exu, formando uma grande parceria, caçando, lutando e abrindo os caminhos de quem lhe rende homenagem. Seu assentamento deve ser posto ao lado de Exu ou ogum e sua ferramenta deve possuir um pássaro e sempre que se faz oferenda, Ogum, Exu e Osain devem ser reverenciados. Suas roupas deve ser mesclado com o azul claro e escuro em alusão ao céu da noite e com bastante mariwo, relembrando o seu Orim mais cantado: (iki danadana ni alosan, oguê rin guêrin odê ê Mariwo). O pássaro de coroamento é, segundo muitos, um símbolo do poder sobre/pacto de Osányìn e Danadan com as Ìyáàmi. São os medicamentos herbários de Osányìn e Danadan colhidos na Noite que podem neutralizar ou contrapor-se aos ataques pelos aspectos negativos de Ìyáàmi. Eleye significa “mulheres que possuem e são pássaros”, sendo os pássaros os mensageiros de Àjé/Ìyáàmi. Estes mensageiros também podem ser vistos em muito da estatuária religiosa e do simbolismo real, como por exemplo, no alto da coroa dos Oba. Ìyáàmi é em essência o àse/awo feminino primordial, que pode ser potencialmente benéfico ou maléfico (em condições judiciosas). Os símbolos de pássaro lembram aos líderes e congregações que ninguém está acima das forças invisíveis que precisam ser apaziguadas. As Ìyáàmi representam a gênese, as guardiãs e as doadoras do àse na terra.
A recomendação para um bom equilíbrio individual no ano de 2015 é saber usar as palavras de forma diplomática. Orixá Funfun é o dono da palavra, foi ele quem deu a palavra ao homem, e a sua própria palavra é tão poderosa que se torna imediatamente realidade. A criação do mundo procede do Verbo, e a palavra humana adquire poder porque procede de Olorum, porque é a reprodução da palavra primordial, ela não é apenas logo, instrumento de comunicação, ela é atuante desencadeia forças, carrega asé, a força que anima o universo e permite a existência das coisas, está, portanto estreitamente relacionada com a vida e a fecundidade. Devido a este poder da palavra, está associado também ao silêncio. Neste ano de 2015 a palavra deve ser controlada durante uma discursão, caso contrário trará conflitos no âmbito social, político, familiar e religioso. Baba Lokanfu Toluaye.

Oriki. Orin. Orações para orixás, Reza para todos Orixás, Oriki para Iansãn, Oia, Obaluaye, Ogum, Exu, Orikis para todos os Orixás. Adura e Ofó.

Oriki palavra da língua Yorùbá, que tem vários significados, um deles pode-se traduzir como literatura ou textos.
A literatura e a língua eram usadas oralmente pelos povos Yorùbá, pois não existia uma codificação escrita para o idioma antes do século XIX. A primeira gramática Yorùbá foi publicada em 1843 pelo Bispo Samuel Ajayi Crowther da Igreja Anglicana.
Os Iorubás constituem o segundo maior grupo étnico na Nigéria, representando 18% da população total aproximadamente. Vivem em grande parte no sudoeste do país, também há comunidades de iorubas significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil.
Eles acreditam que o nome da pessoa tem a ver com a sua essência espiritual, denotando grande dificuldade em dar nomes a seus filhos. Um tipo especial de nome é Oriki (neste caso, poesia ou texto poético), que é melhor descrito como nome afetuoso ou carinhoso. A crença é que chamar uma pessoa por seu oriki é inspirá-lo, uma vez que vai apaziguar seu Ori (cabeça).
 

0RÍKÍ TÍ ÈSÚ
ORÍKÌ TI ÈSÚ

Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú láaróyè, Èsú láaróyè
Èsú láaróyè, È s ú láaróyè
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Láàlú Ogiri Òkò Ebìtà Okùnrin
Èsú Láàlú Ogiri Òkò E bìtà O kùnrin
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú òta òrìsà
Èsú é Orixá da pedra (iangui)
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Osétùrá l’oruko bàbá mó ó
Oxeturá é o nome pelo qual é chamado por seu pai
Alágogo ìjà l’oruko ìyá npè o
Alágogo Ìjà, é o nome pelo qual sua mãe o chama
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin
Èsú bondoso, filho homem da cidade de Ìdólófìn
O lé sónsó sórí orí esè elésè
Aquele que tem a cabeça pontiaguda fica no pé das pessoas
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Kò jé, kò jé kí eni nje gbe e mì
Não come e não permite que ninguém coma ou engula o alimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
A kìì lówó láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem riqueza reserva para Èsú a sua parte
A kìì láyò láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem felicidade reserva para Èsú a sua parte
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Asòntún se òsì láì ní ítijú
Fica dos dois lados sem constrangimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú àpáta somo olómo lénu
Èsú, montanha de pedras que faz o filho falar coisas que não deseja
O fi okúta dípò iyó
Usa pedra em vez de sal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Lóògemo òrun a nla kálù
Indulgente filho do céu cuja grandeza está em toda a cidade
Pàápa-wàrá, a túká máse sà
Apressadamente fragmenta o que não se junta nunca mais
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú máse mi, omo elòmíran ni o se
Èsú não me faça mal, manipule o filho do outro
Èsú máse, Èsú máse, Èsú máse
Èsú não faça mal, È s ú não faça mal, È s ú não faça mal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti

ÁDÚRÁ TÍ ÓGÚN
ÀDÚRÀ TI ÒGÚN

Ògún dà lé ko
Ògún constrói casa sozinho
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún dà lé ko
Ògún constrói casa sozinho
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún to wa do
Basta Ògún, nas instalações de nosso vilarejo
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún to wa do
Basta Ògún, na instalação de nosso vilarejo
Eni adé ran
A mando do Rei
Asè

ÀDÚRÁ TÍ NÁNÁ
ÀDÚRÀ TI NÀNÁ

E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
Kò odò, kò odò, kò odò e
Encontro no rio, encontro no rio, encontro-lhe no rio
Dura dura ní kò gbèngbè
Esforçando-me para não afundar na travessia do grande rio
Mawun awun a tì jô n
Lentamente como uma tartaruga trancada suplicando perdão
Saluba Nana, saluba Nàná, saluba.
Saluba Nàná, saluba Nàná, saluba.

ÀDÚRÁ TÍ ORÓ
ÀDÚRÀ TI ORÍ

Orí ení kini sàka ení
Cabeça que está purificada na esteira
Orí ení kini sàka yan
Cabeça que está purificada na esteira caminha soberbamente
Orí olóore ori jè o
A cabeça do vencedor vencerá
A saka yìn ki ya n’to lo ko
A cabeça limpa que louvamos mãe permita que façam uso dela
A saka yìn ki ègbón mi gbè
A cabeça limpa que louvamos meu mais velho conduzirá
Ìta nù mo bo orí o.
Ar livre e limpo oferendo a cabeça.
Asè

OFÓ TÍ ÁSÉ
OFÒ TI ÀSE

Àse Òrìsà lenu mi o
Força de Orixá em minha boca
Àse Òrìsà lenu mi
Força de Orixá em minha boca
Gbogbo ohun mo tí wi
Toda minha voz é entendida
Níki irun ìmònle oba o
e sentida pelos 400 Espíritos Reais
Àse Òrìsà lenu mi.
Força de Orixá em minha boca.
Asè

ÁDÚRÀ TI ELÉDA
ÀDÚRÀ TI ELÉDA

Àwa Nà Wúre Eléda Wa
Nós Temos Boa Sorte Repartida Pelo Senhor Da Criação
Àwa Nà Wúre Eléda Wa
Nós Temos Boa Sorte Repartida Pelo Senhor Da Criação
Mo Adúpe Wúre Ati Odúnmódún
Eu Agradeço Pedindo Abenção A Muitos Anos
Mo Adúpé Wúre Ati Èsú Mòsu
Eu Agradeço Pedindo Abenção A Essência Do Meu Criador
Mo Adúpé Wúre Iba Gbogbo
Eu Agradeço Pedindo Abenção E Saudando A Todos
Àwa Nà Wùre Eléda Wa.
Nós Temos Boa Sorte Repartida Pelo Senhor Da Criação.

Oriki de Iansã.

Oyà A To Iwo Efòn Gbé.
Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Oyà Olókò Àra.
Oyà, que possui um marido poderoso
Obìnrin Ogun,
Mulher guerreira
Obìnrin Odé.
Mulher caçadora
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.
Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?
Que tipo de pessoa é Oyà?
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná.
O local onde Oyà está, pega fogo
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá.
Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça
Oyà tí awon òtá rí,
Oyà foi vista por seus inimigos
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó.
E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato
Héèpà Héè, Oya ò!
Eeepa He! Oh, Oyà!
Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O.
És a única pessoa que temo
Aféfé Ikú.
Vendaval da Morte
Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!
Oyà, A P’Agbá, P’Àwo Mó Ni Kíákíá,
Ela arruma suas coisas sem demora
Kíákíá, Wéré Wéré L’ Oyà Nse Ti È
Rapidamente Oyà faz suas coisas
A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní.
Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani
O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!
Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!

QUALIDADES DE IANSA

QUALIDADES DE IANSA


   Ygbalè ou Iybalé: é a deusa dos mortos, ligada diretamente ao culto de Egun, por isso senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de Eguns que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder. Devido a sua relação com Egun, é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.
  • Furé: usa uma foice na mão esquerda e um aruexim na direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem ligação direta com o culto a morte e aos Eguns e preside a vida e a morte.
  • Odo: ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor.
  • Iamesan: É a que foi esposa de Oxóssi, meio animal e meio mulher, só come caça, mãe dos nove filhos. Come com Oxóssi nas matas.
  • Onirá: é uma orixá das águas doces cujo culto no Brasil confundiu-se com o de Iansã por ser uma guerreira. Seu culto na África era independente. Tem ligação com o culto a Egun e laços de amizade com Oxum, pois foi Onira quem ensinou Oxum Opará a guerrear. É a dona do atori, uma pequena vara usada no culto de Oxalá para chamar os mortos na intenção de fazê-los participar da cerimônia. Também é usado para fazer reinar a paz no local ou na vida de alguém e trazer-lhe abundância e tem o poder de mandar chover regularmente para trazer a prosperidade. Ela deu a Oxaguiã o atori e seu poder de exercê-lo, além de ter lhe ensinado o fundamento e como usá-lo. É ainda a mãe de criação de Logunedé Apanan. Por isso, toda oferenda para ela deve ser acompanhada de um agrado a essa qualidade do orixá Logunedé. É uma Orixá muito perigosa por sua ligação e caminhos com Oxaguiã, Ogum e Obaluaiê. Veste o coral e amarelo, contas iguais.
  • Yatòpè: tem ligação forte com Xangô. Veste branco.
  • Afefe Iku Funã: senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com Ogum e Obaluaiê e tem caminhos, também, com Egun e Iku (morte). Veste branco ou azul-claro.
  • Afakarebò: não é feita em seus eleitos, é a verdadeira dona a quem são entregues todos os ebós. Seus caminhos levam diretamente a Exu e Egun. Seus rituais são todos feitos no murim, cabaças e porrões.
  • Afefe: comanda os ventos. Tem caminhos com Obaluaiê e Egun.Veste vermelho e branco, usa o coral e o chorão de seu adé é alaranjado .
  • Bagan: não tem cabeça. Come com Exu, Ogum e Oxóssi. Tem caminhos com Egun.
  • Petu: ligada aos ventos e as árvores. Esposa de Xangô, que vai sempre na frente anunciando sua chegada.
  • Ogunnita ou Egunitá: ligada ao culto de Egun, seu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos. Alguns umbandistas como Rubens Saraceni e Alexandre Cumino tendem a separar esta manifestação de Iansã das demais, criando assim um orixá feminino individual. Egunitá nessa visão seria a senhora da espada flamejante, a mãe ignea associada a Santa Brígida ou mesmo a Santa Sara Kali dosciganos.

sábado, 20 de dezembro de 2014

O QUE SIGNIFICA ORIKIS E O QUE SIGNIFICA ADURÁS

ORÍKÌS ÀDÚRÀS REZAS

ÒRÌKÌ ÒRÙNMÌLÀ (Ò)RÙNMÌLÀ, AGBÓNNIRÉGUN! NJÍNJI LÁ KIFÁ KÙTÙKÙTÙ LÁ KI ORÌSÀ ÒSÁN GANGAN LÁ KI ÈSÙ MO JÍ MO KI (Ò)GÍDÍ O MAA JÍRE AJÉ WOLÉ MI, OLÁ JÒKÓO TI MI O KI LÓ NJÉ L’ ÒTÙ IFÈ O ? OGEDE NI IFÁ NJÉ L’ÒTÙ IFÈ (Ò)RÙNMÌLÀ, O WA TO GEÉ, KI O MOWÓ TEMI WA IFÁ PELE O. TRADUÇÃO ORIKI ORUNMILA
Orunmila, Agbónnirégun! Cultuaremos Ifá De manhã bem cedo cultuaremos Orixá À tarde cultuaremos Esú Eu acordei e cultuo Ogidi (Ifá), Ogidi Bom dia. Riqueza entre em minha casa, Honra sente comigo. O que você come na cidade de Ifè ? Ifá come banana na cidade de Ifè Orunmila, chegou a hora de você me enriquecer; Ifá eu te saúdo.
REZAS/ORIKIS ORIKIS
Os Oríkì (do yorùbá, orí = cabeça, kì = saudar) são versos, frases ou poemas que são formados para saudar o orixá referindo-se a sua origem, suas qualidades e sua ancestralidade. Os Oríkì são feitos para mostrar grandes feitos realizados pelo orixá. Com isso, podemos nos deparar com Oríkì não somente para os nossos Orixás, mas também para pessoas que foram grandes lideres, caçadores, governantes, sacerdotes, reis, rainhas, príncipes e todas as pessoas, em que em um passado distante ou recente fizeram algo de importante para com uma comunidade ou para com o povo. Porém para entendermos bem o significado desses Oríkì, devemos ter bons conhecimentos dos orixás.
Èsù òta òrìsà. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é, Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, O lé sónsó sí orí esè elésè Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, Asòntún se òsì láì ní ítijú, Èsù àpáta sómo olómo lénu, O fi okúta dípò iyò. Lóògemo òrun, a nla kálù, Pàápa-wàrá, a túká máse sà, Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se. Èsù òta òrìsà. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é, Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, O lé sónsó sí orí esè elésè Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, Asòntún se òsì láì ní ítijú, Èsù àpáta sómo olómo lénu, O fi okúta dípò iyò. Lóògemo òrun, a nla kálù, Pàápa-wàrá, a túká máse sà, Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.
TRADUÇÃO
Exú, o inimigo dos orixás. Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai. Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe. Exú Òdàrà, o homem forte de ìdólófin, Exú, que senta no pé dos outros. Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento. Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua parte, Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua parte. Exú, que joga nos dois times sem constrangimento. Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja. Exú, que usa pedra em vez de sal. Exú, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte. Exú, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente, Exú, não me manipule, manipule outra pessoa. ORÍKÌ TI YEWA
Ejo Ejo Ewà (cobra , cobra é Ewà) Idã Idã Ewà Ewà ô (salve Ewà) Ossumarè olowo gbanigbà ( salve Ossumarè dono das riquezas imensas) Ossumarè o njo nile (Ossumarè está dançando em nossa casa) Ewá yá mi orissà njo nile Ossumarè ( minha mãe Ewà está dançando com Ossumarè em nossa casa) Ewà ô (salve Ewá) Ewà Ibà re ô (Ewá nós te saudamos) Ewà mojubà (Ewá seja benvinda) Ewà ja mi, ko kerè, ko kerè ( nossa mãe Ewà não é pequena) Orubatà! ( ela é imensa) 27/02/10 excluir mistic
ORIKI ORUNMILÀ
Iba Olodumare (Eu saúdo Olodumare, Deus maior) Iba Orunmila (Eu saúdo Orunmilá) Iba Ogun Orisa Ile (Eu saúdo Ogum, o dono da casa) Iba Irunmole (Saúdo os Irunmole, os Orixás) Iba Ile Ogeere afoko yeri (Saúdo a terra) Iba atiyo Ojo (Saúdo o dia que amanhece) Iba atiwo Oorun (Saúdo a noite que vem) Iba F'olojo oni (Saúdo o dono do dia) Iba Eegun Ile (E saúdo o Egun da casa, nosso ancestral) Iba Agba (Saúdo os velhos sábios) Iba Babalorisa (Saúdo o pai-de-santo) Iba Omo Orisa (Saúdo os filhos-de-santo) Iba Omode (Saúdo as crianças) Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se (Nós, que cremos em Orunmilá, saudamos e esperamos que) T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe (Orunmilá ouça nossa saudação) Ada se nii hun omo (O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá) Iba kii hun omo eniyan (Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos) Akoogba kii hum oloko (Que as plantas boas não falhem ao agricultor) Atipa kii hun oku (Que aos mortos não falte sepultura) Aso funfun kii hun olorisa (Que a Orixalá não falte o pano branco) Kaye o-ye wa o (Para que o mundo nos seja bom) Ka riba ti se (Que nossos caminhos se abram) Ka, ma r'ija Omo araye O (Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra) Ka'ma r'ija eleye O (Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá) Ajuba O! A juba O!! A juba O!!! (Nós saudamos, saudamos, saudamos) Ase (Axé)
ORIKI À OSÀLÀ
Oríkì à Osàlà Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo.
Tradução Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado.
Oríkì à Osàlà
Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.
Tradução
Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra. A gbé sókè Orí bè Ra o A gbé sókè Orí asé Levamos para o alto O nosso pedido O nosso desejo De paz, saúde e prosperidade.
O QUE SIGNIFICA ADÚRÀ?
A palavra adúrà é do yorubá e significa "reza, prece ou oração". Estas adúrà ou orações tem por finalidade invocar os orixás, e também, solicitar ajuda para os problemas do dia a dia. ORÍKI Oríki, na verdade, seria um aglutinado de palavras usadas pelos yorubás na hora de fazerem sacrifícios ou pedidos aos orixás. O oríki, diferente da adúrà, seria a "súplica". É isto! A adúrà é a reza ou oração própria do orixá que não pode ser mexida. Enquanto o oríki são palavras expressas de forma intimista com o orixá, podendo ser modificado dependendo da ocasião em que for dito.
"Etu, ku ubeka uetu, ki tu kima etu, maji ni kisangela tutena ima ioso. Nzambi a tu bane nguzu mu kukaiela.!!! "
(Nós, sozinhos, não somos nada mas com união podemos todas as coisas. Nzambi nos dê forças para seguir.!!!)
REZA DO ORISÁ IBOMBOIORÔ
Rezo á Orisá Ibomboiorô que abale a natureza, e de uma ordem para Axérê o pássaro de Osun que cante ao amanhecer da sua janela todos os dias para despertar a felicidade e vitórias que a você pertence e que muitos estejam junto de ti para assistirem as suas conquistas! Parabéns...vitórias,sucesso e realizações sempre.
ORIKI DE ODÉ
Nossa religião utiliza uma outra língua nos seus rituais, fazendo-se necessário o entender o que estamos falando, rezando, ou cantando, para podermos ter uma melhor compreenção dos aspectos do Orixá, para o qual estamos fazendo o culto. Assim,conseguimos sincronizar o nosso sentimento e impulsionar melhor o Axé Não é recomendável cantar uma cantiga(Orin)de guerra e pedir paz
" PA KO TORI SANGBO DIDE AJA IN PA IGBO ODÉ AROLE Ô AROLE ONI SA GBO OLOWO ODÉ AROLE O NKU LODE "
Tradução: Fisga, mata e arrasta , energicamente a sua presa, O cão morto na floresta. Ele é o caçador hedeiro. Hoje o hedeiro exibe a sua riqueza. Ele é o caçador herdeiro, que tem o poder de atrair sua caça para a morte. Ogum
SENHOR OLODUMARÉ
"Oní sé a àwúre a nlá jé, Oní sé a àwúre a nlá jé, Oní sé a àwúre ó bérì omon, Oní sé a àwúre, a nlá jé Bàbá. Oní sé a àwúre ó bérì omon." ************************ Senhor que faz com que tenhamos boa sorte e com que sejamos grandes; Senhor que faz com que tenhamos boa sorte e com que sejamos grandes; Senhor que faz com que tenhamos boa sorte, cumprimenta os filhos. Senhor que nós da boa sorte e nos torna grandes, Pai e Senhor, que nós da boa sorte cumprimenta seus filhos.

OSUM É MÃE E NÃO É MADRASTA

IPETÉ DE OSUN

Ipeté de Oxum
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ipeté de Oxum ou Peté de Oxum é o nome da comida de Oxum, e foi adotado o mesmo nome para a festa que se faz à Oxum anualmente em muitas casas de candomblé, em todo Brasil.

No Opó Afonjá, Mestre Didi conta que esta festa marca o encerramento das festas do ano. Nesse dia não há sacrifício, que já foram feitos nos dias anteriores. Há muita comida, galinha, pernil de porco, além de outras iguarias, que são distribuídas a todos que comparecem.

Além daquelas que são feitas para as obrigações dos Orixás e que serão também divididas entre os presentes, que são o adun (fubá de milho com azeite de dendê e açucar), o ekó (milho branco ralado e cozido, uma espécie de canjica, mais conhecido pelo nome de acaçá), o ixu (inhame), o aluá e o próprio peté.

Todos trabalham com afinco, cada um com seu trabalho: quem é de cozinhar, cozinha; quem é de fazer bandeiras, faz bandeiras; quem é de fazer surpresas, faz surpresas.

O Assobá, acompanhado dos Ogans da casa, organiza a arrumação do barracão, colocando bandeirinhas, Mariwôs, e folhas que servem de ornamentação, se enfeita o barracão sempre que há festa. Arruma mariôs também em todas as portas de todas as casas para livrar a todos de aproximação e irradiação de maléficos. Arruma também duas mesas, uma grande para a vasilha do peté e uma menor, para as surpresas.

Como não há sacrifício de animais nesse dia, também não há padê. A festa começa às cinco horas da tarde, com a procissão do peté. Saem todas as filhas de Orixá da casa de Oxum, cada uma com seu balainho, uns contendo o peté, com pratos e talheres, outro contendo adun e ekó. Outras ainda carregam cestas de flores ou bandejas com diversas surpresas. Cantam e dançam em Ijexá, enquanto os foguetes explodem.

Essa procissão é dentro da roça, vai até o Cruzeiro passando em frente à casa dos mortos (Ilê Ibó), fazendo-lhe uma certa reverência, saudando a antiga Iyalaxé (Aninha). Rumando para o barracão passam pela casa de Xangô, Iyá, Oxalá.

Quando chegam, todas as filhas que conduzem o carrego já estão manifestadas. São as pessoas mais velhas que recolhem e distribuem o peté e as surpresas nos devidos lugares. Nesse momento a Oxum da Iyalaxé senta-se no seu trono e as outras sentam-se em cadeiras comuns, metade de um lado e metade do outro, enquanto a comida é dividida.

Depois começa o xirê, com a dança da Oxum mais velha. Só quando ela volta a sentar-se é que todas as outras começam a dançar. E assim a festa se prolonga até a meia-noite, quando é encerrada com a roda de praxe, saudando Oduduá, pedindo paz, saúde e tranquilidade de espírito a todos do Axé, adeptos e convidados para que no próximo ano estejam todos novamente reunidos para as homenagens aos Orixás.
Ipeté de Oxum
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ipeté de Oxum ou Peté de Oxum é o nome da comida de Oxum, e foi adotado o mesmo nome para a festa que se faz à Oxum anualmente em muitas casas de candomblé, em todo Brasil.
No Opó Afonjá, Mestre Didi conta que esta festa marca o encerramento das festas do ano. Nesse dia não há sacrifício, que já foram feitos nos dias anteriores. Há muita comida, galinha, pernil de porco, além de outras iguarias, que são distribuídas a todos que comparecem.
Além daquelas que são feitas para as obrigações dos Orixás e que serão também divididas entre os presentes, que são o adun (fubá de milho com azeite de dendê e açucar), o ekó (milho branco ralado e cozido, uma espécie de canjica, mais conhecido pelo nome de acaçá), o ixu (inhame), o aluá e o próprio peté.
Todos trabalham com afinco, cada um com seu trabalho: quem é de cozinhar, cozinha; quem é de fazer bandeiras, faz bandeiras; quem é de fazer surpresas, faz surpresas.
O Assobá, acompanhado dos Ogans da casa, organiza a arrumação do barracão, colocando bandeirinhas, Mariwôs, e folhas que servem de ornamentação, se enfeita o barracão sempre que há festa. Arruma mariôs também em todas as portas de todas as casas para livrar a todos de aproximação e irradiação de maléficos. Arruma também duas mesas, uma grande para a vasilha do peté e uma menor, para as surpresas.
Como não há sacrifício de animais nesse dia, também não há padê. A festa começa às cinco horas da tarde, com a procissão do peté. Saem todas as filhas de Orixá da casa de Oxum, cada uma com seu balainho, uns contendo o peté, com pratos e talheres, outro contendo adun e ekó. Outras ainda carregam cestas de flores ou bandejas com diversas surpresas. Cantam e dançam em Ijexá, enquanto os foguetes explodem.
Essa procissão é dentro da roça, vai até o Cruzeiro passando em frente à casa dos mortos (Ilê Ibó), fazendo-lhe uma certa reverência, saudando a antiga Iyalaxé (Aninha). Rumando para o barracão passam pela casa de Xangô, Iyá, Oxalá.
Quando chegam, todas as filhas que conduzem o carrego já estão manifestadas. São as pessoas mais velhas que recolhem e distribuem o peté e as surpresas nos devidos lugares. Nesse momento a Oxum da Iyalaxé senta-se no seu trono e as outras sentam-se em cadeiras comuns, metade de um lado e metade do outro, enquanto a comida é dividida.
Depois começa o xirê, com a dança da Oxum mais velha. Só quando ela volta a sentar-se é que todas as outras começam a dançar. E assim a festa se prolonga até a meia-noite, quando é encerrada com a roda de praxe, saudando Oduduá, pedindo paz, saúde e tranquilidade de espírito a todos do Axé, adeptos e convidados para que no próximo ano estejam todos novamente reunidos para as homenagens aos Orixás.

O QUE SÃO ORIKIS?

Os Orikis são Oraçãoes que exaltam os poderes e feitos dos orixás; esses Orikis são formas de Rezas dos fiéis às divindade criadas por Deus (Olorún).
Os Oríkì (do yorùbá, orí = cabeça, kì = saudar) são versos, frases ou poemas que são formados para saudar o orixá referindo-se a sua origem, suas qualidades e sua ancestralidade. Os Oríkì são feitos para mostrar grandes feitos realizados pelo orixá. Com isso, podemos nos deparar com Oríkì não somente para os nossos Orixás, mas também para pessoas que foram grandes lideres, caçadores, governantes, sacerdotes, reis, rainhas, príncipes e todas as pessoas, em que em um passado distante ou recente fizeram algo de importante para com uma comunidade ou para com o povo. Porém para entendermos bem o significado desses Oríkì, devemos ter bons conhecimentos dos orixás.

LENDAS DO IPETÉ DE OSUN

eu e o mariwo
VAMOS FALAR UM POUQUINHO SOBRE O IPETÉ DE OSUN.
FALANDO SOBRE A LENDA
Lenda do Ipeté de Oxum
Oxum encontrava-se com problemas no ventre e isso lhe causava dificuldades para engravidar, Mas esra do desejo de Oxum engravidar; Diante dessa dificuldade ela decide consultar Orunmilá.
Orunmilá diante do problema de Oxum lhe ofereceu uma ajuda, Indagando que ela deveria seguir um preceito e nesse preceito ela deveria oferecer comida a todas as Oxuns, todas as irmãs; Oxum lhe disse que era impossivel, pois cada uma comiga uma coisa e sem muito pensar Orunmilá lhe respondeu:
- Se esforce, tens que criar um prato onde todas irão comer!
Oxum então responde:
- Mas como?
Orunmilá de pronto lhe responde:
- Você procurar uma estrada que parece não ter fim, caminhará e caminhará, algum tempo depois encontrará um homem que lhe presenteará com um fruto!
Oxum ficou meio desconfiada, mas era a única maneira de se livrar do problema. então Oxum no primeiro raiar do sol, no dia seguinte, Saiu a procura dessa estrada, passou por matas, rios, caminhos de pedras e ventanias.. Mas no fim encontrou a estrada, e tornou-se a caminhar, parou e descansou, mas voltou a caminhar… Até que avista um homem, parado na estrada, esse Homem era Ogún.
Ogún ficou espantado de ver Oxum alí, pois todos sabiam que oxum não saía de seus rios pra quase nada, ficava sempre no rio esperando os presentes e se banhando… Ela não gostava de sair de seu palácio de águas e naquele momento ela estava alí em uma estrada quente e sem acomodação! Com esse espanto de Ogúm ele lhe pergunta:
- O que lhe traz aquí Oxum?
E Oxum conta a Ogún o que lhe passava. Então Ogún vai até a beira da estrada e conhe um fruto chamado Ixú e entrega a Oxum e lhe diz para preparar uma comida chamada Ipeté, a comida que acalma! e entregue as suas irmãs.
Oxum lhe pergunta:
- O que quer em troca?
E Ogún muito encantado com a beleza de Oxum lhe responde:
- Nada! Você só terá apenas que sustentar sobre o seu Orí e sob a panela de Ipeté a folha de Abre-Caminho, e não esqueças de acomodar todos os Okutas de suas irmãs sobre o Ipeté.
Oxum ouviu atentamente as recomendações de Ogún e seguiu as suas orientações; pouco tempo depois nascia Logún-edé (O filho querido de Oxum).
“A partir desse Itán, Todos os anos é servido em ritual a comida Ipeté à Oxum, e abaixo da panela dessa comida e colocado as folhas de Abre-Caminho, sem esquecer de acomodar os Okutás sob o Ipeté. Também não podemos esquecer que por causa dessa lenda, o Único Orixá Boró (homem) que pode carregar a panela de Ipeté é Logún-Edé…”
Por consequência nasce também a seguinte Cantiga:
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.

oriki

Oriki dos Orixás
Os Orikis são Oraçãoes que exaltam os poderes e feitos dos orixás; esses Orikis são formas de Rezas dos fiéis às divindade criadas por Deus (Olorún).
Os Oríkì (do yorùbá, orí = cabeça, kì = saudar) são versos, frases ou poemas que são formados para saudar o orixá referindo-se a sua origem, suas qualidades e sua ancestralidade. Os Oríkì são feitos para mostrar grandes feitos realizados pelo orixá. Com isso, podemos nos deparar com Oríkì não somente para os nossos Orixás, mas também para pessoas que foram grandes lideres, caçadores, governantes, sacerdotes, reis, rainhas, príncipes e todas as pessoas, em que em um passado distante ou recente fizeram algo de importante para com uma comunidade ou para com o povo. Porém para entendermos bem o significado desses Oríkì, devemos ter bons conhecimentos dos orixás.
*Clique no nome do Orixá e leia os Orikis*