terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Hunjeve, Laguidibá e Fios de Conta

Hunjegbe(hunjeve)

hunjegbe é a pronúncia certa que quer dizer " hun" ( diminutivo de vodum) " je 
( jóia ) "gbe" ( vida) , portanto é o yan consagrado a Dangbé por que quando Sogbô perdeu o hunjegbe foi bessem quem desceu ás águas e retornou com ele na boca.
Essa conta é a conta da vida e da morte, significa o nosso cordão umbilical, é o único yan que depois de morto o vodunsi leva dentro do caixão, depois é claro de vários rituais fúnebres feito no ará ( corpo) do mesmo.
A contagem de missangas, corais e seguis tem sua numeração única, e até aposição dos seguis tem seu lugar de origem, somente o povo de Djedje é que tem o direito e dever da conquista desse yan sagrado.
Hoje em dia virou moda pessoas de outras nações enfiarem uma conta com corais e seguis de modo errado que a do hunjegbe e declarar que estão usando um yan , que eles não sabem a grandeza ritualística e fundamentada para se ter esse yan.
No bogum ela é confeccionada já na iniciação do vodunsi , mas só vai para o pescoço após os 7 anos e com obrigação tomada, o hunjegbe é a jóia de mahi e como toda conta de grau, deve ser colocada em época certa , pois ninguém nasce grande, uma construção não começa pelo teto e sim pelo alicerce, devemos esperar a hora certa para se conquistar nossos direitos dentro de cada nação.
Esta jóias não é simplesmente uma conta posta no pescoço, esse yan é conquistado através de fundamentação ritualística, e nunca deve ser dobrado.
A Jóia de Mahi é para o povo de Djedje, se você é iniciado no Ketú ou Angola e dá seguimento na sua nação de origem, não irá receber uma jóia que não pertence a sua nação. Se você receber ou não seu hunjegbe, deverá ser conquistado, essa conta não é um simples fio de missangas com corais e seguis, esse yan é rezado na hora de confeccionar dentro do hundeme, e nunca deverá ser dobrado no pescoço, pela fundamentação ritualística que representa.
Como todo fio de conta, o cumprimento do hunjevi é determinado por questões que envolvem o vodun da pessoa e até fatores físicos do vodunsi que o receberá.
O hunjevi é composto de miçangas nas cores terra-cota, segui (corais azuis) e corais propriamente ditos.
Os corais são os atin sá (árvores) das águas, que conhecem as profundezas escuras da origem de toda a vida que existe neste mundo. O coral representa os elementos dos três reinos existentes na natureza: o reino animal, vegetal e mineral. Por isso, simboliza o princípio e o fim. A ligação entre a vida e a morte.
O povo do Danxomé (Barriga de Dan), costuma dizer que os segui do hunjevi são as fezes do grande Vodun Dan Gbala Howedo. As fezes de Dan.
Existem algumas variações deste fio sagrado, mas o significado é sempre o mesmo. Em uma de suas variações, chama-se hunjebe – que às vezes é feito de miçangas pretas rajadas de branco, representa a mesma coisa do hunjeve, mas só deve ser usado por pessoas de Azançu. Outra variação é o Hunjê – um fio de contas específicas.
Como todo fio de conta, o cumprimento do hunjevi é determinado por questões que envolvem o vodun da pessoa e até fatores físicos do vodunsi que o receberá.
O hunjevi é composto de miçangas nas cores terra-cota, segui (corais azuis) e corais propriamente ditos.
Os corais são os atin sá (árvores) das águas, que conhecem as profundezas escuras da origem de toda a vida que existe neste mundo. O coral representa os elementos dos três reinos existentes na natureza: o reino animal, vegetal e mineral. Por isso, simboliza o princípio e o fim. A ligação entre a vida e a morte.
O povo do Danhomé (Barriga de Dan), costuma dizer que os segui do hunjevi são as fezes do grande Vodun Dan Gbala Howedo. As fezes de Dan.
Existem algumas variações deste fio sagrado, mas o significado é sempre o mesmo. Em uma de suas variações, chama-se hunjebe – que às vezes é feito de miçangas pretas rajadas de branco, representa a mesma coisa do hunjeve, mas só deve ser usado por pessoas de Azançu. Outra variação é o Hunjê – um fio de contas específicas

Hunjegbe(hunjeve)

Hunjegbe(hunjeve)
hunjegbe é a pronúncia certa que quer dizer " hun" ( diminutivo de vodum) " je
( jóia ) "gbe" ( vida) , portanto é o yan consagrado a Dangbé por que quando Sogbô perdeu o hunjegbe foi bessem quem desceu ás águas e retornou com ele na boca.
Essa conta é a conta da vida e da morte, significa o nosso cordão umbilical, é o único yan que depois de morto o vodunsi leva dentro do caixão, depois é claro de vários rituais fúnebres feito no ará ( corpo) do mesmo.
A contagem de missangas, corais e seguis tem sua numeração única, e até aposição dos seguis tem seu lugar de origem, somente o povo de Djedje é que tem o direito e dever da conquista desse yan sagrado.
Hoje em dia virou moda pessoas de outras nações enfiarem uma conta com corais e seguis de modo errado que a do hunjegbe e declarar que estão usando um yan , que eles não sabem a grandeza ritualística e fundamentada para se ter esse yan.
No bogum ela é confeccionada já na iniciação do vodunsi , mas só vai para o pescoço após os 7 anos e com obrigação tomada, o hunjegbe é a jóia de mahi e como toda conta de grau, deve ser colocada em época certa , pois ninguém nasce grande, uma construção não começa pelo teto e sim pelo alicerce, devemos esperar a hora certa para se conquistar nossos direitos dentro de cada nação.
Esta jóias não é simplesmente uma conta posta no pescoço, esse yan é conquistado através de fundamentação ritualística, e nunca deve ser dobrado.
A Jóia de Mahi é para o povo de Djedje, se você é iniciado no Ketú ou Angola e dá seguimento na sua nação de origem, não irá receber uma jóia que não pertence a sua nação. Se você receber ou não seu hunjegbe, deverá ser conquistado, essa conta não é um simples fio de missangas com corais e seguis, esse yan é rezado na hora de confeccionar dentro do hundeme, e nunca deverá ser dobrado no pescoço, pela fundamentação ritualística que representa.
Como todo fio de conta, o cumprimento do hunjevi é determinado por questões que envolvem o vodun da pessoa e até fatores físicos do vodunsi que o receberá.
O hunjevi é composto de miçangas nas cores terra-cota, segui (corais azuis) e corais propriamente ditos.
Os corais são os atin sá (árvores) das águas, que conhecem as profundezas escuras da origem de toda a vida que existe neste mundo. O coral representa os elementos dos três reinos existentes na natureza: o reino animal, vegetal e mineral. Por isso, simboliza o princípio e o fim. A ligação entre a vida e a morte.
O povo do Danxomé (Barriga de Dan), costuma dizer que os segui do hunjevi são as fezes do grande Vodun Dan Gbala Howedo. As fezes de Dan.
Existem algumas variações deste fio sagrado, mas o significado é sempre o mesmo. Em uma de suas variações, chama-se hunjebe – que às vezes é feito de miçangas pretas rajadas de branco, representa a mesma coisa do hunjeve, mas só deve ser usado por pessoas de Azançu. Outra variação é o Hunjê – um fio de contas específicas.
Como todo fio de conta, o cumprimento do hunjevi é determinado por questões que envolvem o vodun da pessoa e até fatores físicos do vodunsi que o receberá.
O hunjevi é composto de miçangas nas cores terra-cota, segui (corais azuis) e corais propriamente ditos.
Os corais são os atin sá (árvores) das águas, que conhecem as profundezas escuras da origem de toda a vida que existe neste mundo. O coral representa os elementos dos três reinos existentes na natureza: o reino animal, vegetal e mineral. Por isso, simboliza o princípio e o fim. A ligação entre a vida e a morte.
O povo do Danhomé (Barriga de Dan), costuma dizer que os segui do hunjevi são as fezes do grande Vodun Dan Gbala Howedo. As fezes de Dan.
Existem algumas variações deste fio sagrado, mas o significado é sempre o mesmo. Em uma de suas variações, chama-se hunjebe – que às vezes é feito de miçangas pretas rajadas de branco, representa a mesma coisa do hunjeve, mas só deve ser usado por pessoas de Azançu. Outra variação é o Hunjê – um fio de contas específicas

Manual do bom filho de santo–Yao - Iao

Manual do bom filho de santo –"o Yao  - Iao" . Conhecimentos do Candomblé, cultura, devoção, respeito ao orixá e a si próprio.

YAWO, VONDUNCI, FILHO DE ORIXÁPercebendo que com a modernidade dos tempos a religião espírita tede a adaptar-se a atualidade, encotrei um ótimo documento que é o “Manual do yawo (iaô, Yaô = Filho de santo). neles estão a conduta do filho de santo (Omo Orixá), no caso um yawo  que é nada mais, nada menos que um recém iniciado dentro do candomblé(culto ao orixá), ele pode variar muito de barracão para barracão (casa de santo), de nação para nação (ketu, jeje, angola, nago, efon), e da filosofia do babalorixá (o modo ao qual o pai de santo foi doutrinado em sua casa).

O manual do bom filho de santo não é só para os iniciados, pois a palavra Iaô (yawo) signfica esposa, um filho de santo é yawo até seus 7 anos de obrigação paga dentro do Candomblé (isso é ele tem que tomar a obrigação de sete anos para deixar de ser um Iaô e se tornar um Ebomi, dai ele poderá deixar de comprir várias obrigações de um yawo (novo de santo), pois deixou de ser uma criança na casa, e exercendo um grau acima, podendo até em alguns casos abrir seu próprio barracão (terreiro, Ilê axé, casa de santo, barracão), se tornando um babalorixá (pai de santo), se no caso ele tiver um cargo de santo (carma espiritual que implica em cuidar de outros filhos de santo). Então vamos ao que interessa, esse texto sobre a conduta do filho de santo dentro de uma casa é muito importante para o equilíbrio da própria, pois uma casa Orixá não tem prosperidade se não houver respeito e designação das hierarquias (1º Pai de santo, 2º ekeji, ogan, 3º Ebomi, 4º filhos de santo (yawo, abian), etc.).

Gostaria muito que os Omo orixá (filhos de santo) já iniciados dessem uma lida no conteúdo abaixo, pois será de grande proveito, e os que estão querendo se iniciar dentro da Religião tanto do Candomblé quanto da Umbanda leiam com atenção o que é uma vida de devoção e respeito ao seu Orixá, o Orixá do Pai de santo, seu Ori (sua cabeça) e os demais postos dentro do Ilê axé (casa de santo).
MANUAL DO YAO - DO BOM FILHO DE SANTO. (elegun”feito de Orixá), abian (sem obrigação, cabeça virgem) 
Tudo aquilo que nosso Orixá rejeita por qualquer motivo peculiar, que por vezes desconhecemos. Existem quizilas da própria Nação e as de Cada Orixá.
Seguindo este preceito, só dependerá de você ter uma vida melhor consigo mesmo e com os de mais que lhe rodeia.
yao, filho santo, Omo Orixá
As principais são:
O Yawo ao chegar ao barracão, o procedimento correto é: 
a) Amarrar um pano no peito (mulheres); 
b) Ir direto para a cozinha beber um copo de água para esfriar o corpo da rua, sem fazer paradas, não falar com ninguém para bater - papo e colocar a fofoca em dia; 
c) Tomar seu banho e ir trocar de roupa; 
d) Bater cabeça no axé, na porta do quarto de santo e pro pai de santo; 
e) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de acordo com a ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar (muito embora seja impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser feito), depois pode ir colocar seu tricô em dia.
O Yawo se dormir no Terreiro deve levantar antes do sol nascer ou junto com o
nascer do sol.
O Iaô ao levantar não deve falar com ninguém, deve antes lavar seu rosto e boca, isso é para apagar os vestígios ou traços espirituais que eventualmente
tivesse vindo rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o mingau das almas numa possível alimentação.
O Yaô não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie uma conversa contra a casa de santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para agradar as forças
de sua fonte.
O Yawô não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para a casa de Santo, deve expor o fato em tom normal sem demonstração de disse-me-disse.
O Yawo não de ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.
O Yawo não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mas velhos que visite sua casa.
O Yawo nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim agachado, com a cabeça baixa.
O Yawo nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém.
Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de festa ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a palavra. Ai então disser AGÔ (Licença) e esperar ele dizer AGÔ YA. E de cabeça baixa, falar com ele em tom de voz baixa.
O Yawo não deve se portar de maneira desairosa no terreiro, por que do seu comportamento decorre a divulgação e o bom nome da casa.
O Yawo não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos outros) e nem de seus componentes, isso provocaria a irá do ORIXA e trás a certeza de um pagamento futuro, a EXU a EGUN e as forças da natureza.
O Yawo não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça erguida, e sim um pouco curvado para frente.
O yawo só pode sentar em Apoti (Banquinho) mediante a autorização do seu Zelador. (Somente raspados podem sentar em apoti)
O Yawo não deve deixar dormir roupa em corda (pois Eguns a noite faz dela sua morada)
O Yawo não deve sentar em soleira de porta.
O Yawo não deve passar embaixo de corda que tenha roupa intima, roupa de baixo, mesmo que estas sejam suas.
Yawo não passa embaixo de escada.
O Yawo não deve pegar sou de Meio-dia, mesmo com cabeça coberta.
O Yawo não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da frente para os fundos.
O Yawo não deve verter (Urinar) ou defecar, em rios, lagos, dentro de de água, poço ou cachoeira (locais Sagrados).
O Yawo não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.
O yawo não deve cuspir em água de espécie alguma.
O Yawo deve esta com seu contra-egun toda vez que for ao barracão.
O Yawo deve sempre esta com O Ojá ( pano de cabeça) em sua cabeça.
O Yawo não deve entrar em cemitério, só em casos muito especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. E somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não deve entrar em Igreja, hospital, matadouro, etc, só em casos especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. Somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não deve ir a praia (Banho de Mar ± areia, calçada, beira de praia, beira de mar, casa de praia), sem ter suas obrigações em dia. E somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não carrega embrulho na cabeça.
O Yawo não deve ser descortês, nem mesmo entre os irmãos do terreiro e com visitantes, e sim bastante paciente e educado.
O yawo não deve impor seus desejos, nem mesmo entre os irmão de barco, seus desejos ou vontades serão discutidos.
O yawo não deve faltar com educação e cortesia para com todos aqueles que nos batem a porta, seja ele conhecido ou não.
O Yawo não deve tornar publico as coisas que delas participarem em caráter de segredo na casa de santo.
O Yawo não deve menosprezar os outros e nem se colocar em falso pedestal de auto suficiente, e sim ser humilde.
O YAWO nunca, jamais, em tempo ou hipótese alguma, seja no seu barracão ou no barracão do alheio, deve-se sentar na mesma altura que o seu pai de santo.
Ele já passou por vários sacrifícios para estar sentado confortavelmente ali.
Você ainda está no meio do caminho. Portanto, pra que querer sentar aonde você não alcança? Mesmo que o dono da casa chame , cabe a voce recusar
Yawo e abian não bebem nenhum líquido em copo de vidro dentro de seu barracão ou no barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho copinho de
plástico ou então a conhecida DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE ÁGHATA, como você preferir chamar. Copo de vidro só quem tem direito é egbomi, ekede,
ogan e zelador…

  
Terminou seu ajeum? Pegue seu pratinho e sua canequinha, Pegue seu pratinho  e sua canequinha, Não cai a mão e nem coça, sabia? Infelizmente ainda não 
possuímos uma empregada que possa cuidar da limpeza geral enquanto nós  descansamos. 
  
Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar tudo. 
Portanto, cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando,  esperando que algum irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você  não tem cabimento. Cada um fazendo um pouco fica mais fácil e rápido. 
  
  
Resolveu visitar o pai de santo? Que maravilha! Ele adorará sua visita, ainda  mais se você vier com uma modesta colaboração para o ajeum, pois como é do 
conhecimento de todos, o pai de santo não tem obrigação de alimentar todo  mundo. Madre Teresa de Calcutá já morreu, e definitivamente, ela não vira na 
cabeça do pai de santo. 
  
Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o  serviço? Bem, agora você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e 
confortavelmente sentar-se nele. Como dissemos no item 5, cadeiras, sendo com  ou sem braço, só ebomis, ekedes, ogãs ou zeladores que podem sentar. Existe  uma variável do APOTI, que é a famosa ESTEIRA. Nela você pode se sentar, se  espichar e até relaxar seus ossos.    
Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma  refeição, você sai atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos 
que não, né? Portanto, na casa de santo é igual. Antes os mais velhos devem se  servir, pra só depois os abians e yawos se servirem. Isso é mais que uma regra é  etiqueta. E você não vai querer ser um deselegante, não é? Lembre-se: Estão  sempre observando você... 
  
As emprestadas? Pois é, o pai de santo também não gosta. Portanto, que tal  comprar um belíssimo tecido de lençol e fazer uma baiana de ração básica pro 
dia-a-dia? Não sai caro e fica uma gracinha. E você finalmente pára de pegar a roupa do alheio emprestado. Não é maravilhoso? Todos na casa contentes e 
felizes com suas devidas roupas. 
  
Quem traz dinheiro para o sustento da casa? Você é que não é. Portanto, trate muitos bem os clientes que vão para jogar ou se consultar, pois é deles que vem boa parte do dinheiro dali. Sorrir sempre e servir um copinho de café ou de água gelada não matam ninguém. Que tal tentar? 
  
E vai rolar a festa! O povo do kétu, do jeje, da angola e até da umbanda já mandou avisar e convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do 
povo? Com certeza o Carrefour não irá mandar as coisas de graça para o barracão, nem o Mercadão de Madureira tão pouco irá dar os bichos e todo o 
material restante. Portanto, que tal se todos coçassem o bolso um pouco e ajudassem? 
  
Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a Electro, a CEG e a Sabesp irão fornecer água, luz e gás de graça? É claro que não. Portanto, 
contribua sempre com a sua módica mensalidade. Economizar um pouco na Skol e no cigarro no final de semana já irá ajudar muito no barracão. 
  
O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por que desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou dignamente e contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está no programa da Ana Maria Braga para comer de graça. Por falar em Ana Maria Braga, lembre-se que você não é o Louro José para dar palpites no barracão. Se você tem alguma sugestão, leve-a antes ao pai de santo. Espalhar a corrupção sobre a Terra era coisa da novela Mexicana. 
  
Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de fininho. Lembre-se da limpeza do barracão. 
  
Roda de candomblé, seja em sua casa ou na casa do alheio, não é lugar de ficar de cochicho e risinhos irônicos e não tão pouco paquerando.. Se você quer 
fuxicar, vá para um botequim. 
  
Anágua encardida, só se for depois da festa do candomblé. Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM PENSAR! Devem ser brancas como a neve, salve anágua de ráfia 
ou entretela. 
  
Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas, deve deixar esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do barracão. 
Ali dentro você tem que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas que vêem tudo azulzinho. Casa de orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para arrumar casório. 
  
Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da semana, no mesmo dia de função do barracão? Então, peça para ele guardar 
uma garrinha de carne para você e venha cumprir suas obrigações junto a seus irmãos. 

Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua, nada de ficar xoxando. Lembre-se, o mundo dá voltas e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. 
Amanhã pode ser você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima saia de rechilieu. 
  
Caso assista fora do seu barracão a algo diferente do que ocorre em sua casa, nada de ficar xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da 
verdade e nem ninguém o é. O que pode parecer maluquice pra você, pode não ser pro próximo. Não é errado, é diferente de sua casa. Além do mais, 
comentários sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando? 

Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre. 
Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes  de envolver o pai de santo e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras  de mau-gosto. Apelidos e avacalhações são da porta do barracão pra fora. Além  do mais, a próxima vítima pode ser você.  
   
Roupa de barracão é saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e topsdevem ser usados somente pra ir ao baile funk. 
  
Sempre que for servir algum mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir. Sempre que for servir algum mais 
velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir. 
  
Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na realidade pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não a ela própria. Portanto, 
todos devem trocar a benção, mais velhos com mais novos e vice-versa. 
  
  
Quando você estiver em uma roda de pessoas dentro da sua casa de santo ou de outro barracão qualquer, abaixe o seu ori e peça a benção até o periquito que 
estiver chegando, você não sabe quem é ele e ele pode ser bem mais velho que você, um tio de santo ou qualquer outro egbomi, é preferível você pedir a benção a alguém mais novo do que errar passando por cima dos mais velhos. 
  
Lembre -se que para nosso Zelador (a) seremos sempre YAO.(Como para nossa Mãe carnal, seremos sempre crianças).

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios

Essa lenda conta como Oxum conseguiu o Segredo do Jogo de Búzios (meridilogun), Orixá Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. O Orixá Exúgritava de dor e dizia;


jogo_de_buzios é do Orixá Oxum

- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...

Orixá Oxum e o Jogo de buzios

E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo  com Exú.
Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
Por que se mata bode para Exú?
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú.

Findando os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Orixá Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum.

Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. 
Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo.

Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência.

Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei.

Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada, e foi assim que Orixá Oxum conseguiu o jogo de buzios.

Jeje Brasil o Candomblé Jeje e sua história e Cultura:

Jeje Brasil o Candomblé Jeje e sua história e Cultura:
Djedje (jeje) é uma palavra de origem yoruba que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército. Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!). Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil “nação Jeje”. Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia.

Ela fundou: um templo para Dan; “Ceja Hundê”, mais conhecido como o “terreiro do Ventura” ou “Axé Pó Zehen” (pó zerrêm) em Cachoeira de São Felix; um templo para Hevioso “Zoogodo Bogun Male Hundô” em Salvador e um templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o segmento jeje-mahi do povo Fon. O templo de Ajunsun/Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiacu Satu, em Cachoeira de São Felix e recebeu o nome de Axé Pó Egi, mais conhecido por Corcunda de Ayá. São os Jejes Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade Savalu/África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores de Dahomey. O dialeto dos savalus também é o Fon.

No Maranhão encontramos a Casa das Minas fundada por Maria Jesuína, segundo informação de Sergio Ferreti. Creio que esta casa dispensa comentários, pois é com certeza a mais conhecida casa de jeje do Brasil. Esse é o segmento do povo Jeje-Mina.
Ainda no Maranhão encontramos a casa Fanti-Ashanti fundada por Euclides Menezes Ferreira. Esse é o segmento jeje-Fanti-Ashanti do povo Akan vindo de Ghana.

No Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de Allada, o “Terreiro do Pó Dabá” no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha Adelaide do Espírito Santo, mais conhecida como Mejitó que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha. Depois veio Antonio. Pinto de Oliveira. “Tata Fomutinho” que fundou o Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu na Rua Paraíba. Dizem os mais velhos, queMejitó, ajudou muito Tata Fomutinho no começo de sua vida de santo aqui no Rio de Janeiro. Tata Fomutinho deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses, meu pai Jorge de Yemanja que fundou o Kwe Ceja Tessi, Pai Zezinho da Boa Viagem que fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos Navegantes, Tia Belinha que fundou a Colina de Oxosse e Amaro deXangô que é aquele tio que está sempre disposto a nos atender e nos ajudar com suas memórias e conhecimentos.

OSOOSI(OXOSSI)

oxossi
DIA: Quinta-feira
COR: Azul-Turquesa
SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré
ELEMNTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)
DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura
SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!
Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.
Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes.

Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.
A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.
Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião e wúsí que significa popular, ouseja Osowusí e na expressão populara cabou virando Oxóssi. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.
Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.
A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.
Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.
São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.
São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.
Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.