terça-feira, 18 de agosto de 2015

ERVAS DE OXUM

ERVAS DE OXUM

Motumbá, meus amados (as) amigos (as) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ

Como temos visto temos uma grande preocupação em poder oferecer a você as melhores condições para se aprender de forma bem básica assuntos sobre nossa RELIGIOSIDADE, seja ela do CANDOMBLÉou da UMBANDA SAGRADA.

E uma de nossas maiores realidades em nossa vida espiritual é saber sem sombra de dúvida, a importância das plantas (ervas) em nossa fé.

Desta forma, aqui estamos abrindo mais esta fonte voltada à grandeORIXÁ DAS ÁGUAS DOCES, a SENHORA DO PEJI, patrona daMATERNIDADE. Estamos falando de OXUM.



Abiu-abieiro: Sem uso na liturgia, tem folhas curativas; a parte inferior destas, colocadas nas feridas, ajudam a superar; se inverter a posição da folhas, a cura será apressada. A casca da árvore cozida tem efeito cicatrizante.


Agrião-do-Pará – Jambuaçu: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para purificação de filhos; como axé nos assentamentos da deusa de água doce. A medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir escorbuto (carência de vitamina C). É, também, excitante.


Alamanda: As folhas e flores podem ser usadas para banhos e amacis de Oxum. Somente as folhas são usadas para banhos e amacis de Obaluaiê.


Alface d’água/ Ojuorô / Erva-de-santa-luzia: Utilizada nas obrigações de ori e feitura de santo. Tem uso medicinal como anti-sifilítica, antiasmática, anti disentérica, antiartrítica, anti-herpética, anti-hemorroidária, anti diabética, desinflamatória de erisipela, diurético, emoliente, expectorante, maturativa.


Alecrim: Oxalá, Xangô e Oxum. Apesar de ser uma erva dos três orixás, pode ser usada em amacis, banhos, defumações e descarregos de qualquer orixá. Muito boa para substituir uma erva não encontrada de Nanã, por exemplo.


Alfavaca-de-cobra: É usada em todas as obrigações de cabeça. No abô também é usada, o filho dorme com a cabeça coberta. Antes das doze horas do dia seguinte o emplastro é retirado, e torna-se um banho de purificação. A medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.


Alfazema: Todas as Iabás e Ossãe. Apesar de todas as ervas serem de Ossãe, esta pode ser utilizada por todos os orixás em seus fundamentos e preceitos inclusive defumações. Dá-se preferência, no entanto, para seu uso em obrigações das Iabás.


Altéia/Malvarisco: Todas as Iabás. Apenas as flores devem ser usadas para amacis e banhos. Não se usa em defumação.


Arapoca-branca: Suas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça e nos abô; no Candomblé são usadas em sacudimentos pessoais. As casacas desta servem para matar peixes. A medicina caseira utiliza as folhas como anti térmico, contra febres. Age também como excitante.


Arnica-montana: Tem pouca aplicação na Umbanda e no Candomblé. Já na medicina popular; e muito usada, após alguns dias de infusão no otin (cachaça). Age como cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.


Azedinha - Trevo-azedo – Três corações: É popularmente conhecida como três-corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.


Bananeira: Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.


Brio-de-estudante – Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Ela fornece um bom corante que é usado nas pinturas das yawo, de mistura com pemba raspada. A medicina popular utiliza o chá, meia hora antes de dormir, para ter sono tranquilo.


Caferana-alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é ótima combatente; poderoso vermífugo e energético tônico.


Calendula amarela: Usada em banhos de descarrego e abôs, aos filhos da Orixá das Águas doces.


Camará-cambará: Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação. A medicina caseira a emprega muito em xarope, contra a tosse e rouquidão e ainda põe fim às afecções catarrais.


Camomila-marcela: Tem restrita aplicação nas obrigações litúrgicas. Entretanto, é usada nos banhos de descarrego e nos abô. No uso popular é de grande finalidade em lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos intestinos. O chá das flores é tônico e estimulante, combate as dispepsias e estimula o apetite.


Cana-fístila – Chuva-de-ouro: Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.


Chamana-nove-horas – Manjericona: Usada em obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza em disenterias.


Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.


Dólar: Suas folhas são usadas para amacis e águas de cheiro. Não é usada na medicina popular.


Erva-capitão, acariçoba, pára-sol, capitão, lodagem, ÁBÈBÈ ÒSÚN: Esta planta tem "folhas que lembram o formato do leque de Oxum"; é usada como paramento nas festas, daí a origem de seu nome nagô. Utilizada nos terreiros jêje-nagôs, em rituais de iniciação, agbô e "banhos de prosperidade". É conhecida, também, pelo nome nagô akáró, que significa "dá poder aos cantos", ou popularmente como folha-de-dez-réis. Essa folha é essencial para a realização da festa do ipeté de Oxum. De manhã, bem cedo, as mulheres da roça as colhem, levam para o centro do barracão, onde as lavam entoando cânticos para, posteriormente, servirem a comida ritualística de Oxum, o ipeté. (Pai Lucas de Odé).


Erva-cidreira – Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da medicina caseira, que a usa como excitante e anti-espasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e insônia.


Erva-de-Santa-Maria: São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio caseiro é utilizada para combater lombrigas (ascárides) das crianças, também é ótimo remédio para os brônquios.


Ervilha-de-Angola – Guando: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as pontas dos ramos contra hemorragias e as flores contra as moléstias dos brônquios e pulmões.


Fava-pichuri: No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, ou defumações que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz nas dispepsias e diarreias.


Flamboiant: Não é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em algumas casas, em banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina comercial.


Gengibre-zingiber: São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas. O povo a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações do estômago, em chá.


Gigoga-amarela – Aguapê: Usado nos abô, nos bori e banhos de limpeza, pois purifica a aura e afugenta ou anula Eguns. A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.


Ipê-amarelo: Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a casca e a entre casca.


Lúca-Árvore-da-pureza: Seu pendão floral é usado plena e absolutamente, em obrigações de ori dos filhos de Oxum. Não possui uso na medicina popular.


Macaçá: Aplicação litúrgica total, entra em todas as obrigações de ori nos abô e purificação dos filhos dos orixás. O povo a usa para debelar tosses e catarros brônquios; é usada ainda contra gases intestinais.


Mãe-boa: É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em chá ou banho.


Malmequer – Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori e nos abô, e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para facilitar a regra feminina.


Malmequer-do-campo: Não é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função cicatrizante de feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.


Malmequer-miúdo: Aplicado em quaisquer obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza dos filhos que se encontram recolhidos para feitura do santo. Como remédio caseiro, é cicatrizante e excitante.


Orriri-de-Oxum: Entra em todas as obrigações de ori, nos banhos de limpeza. O povo a indica como diurético e estimulador das funções hepáticas.


Picão - ABÉRÉ: As folhas são atribuídas a Oxum, com larga utilização em "feitiços". Para esta finalidade são torradas em panelas de ferro, associadas a outros elementos, para a obtenção do Atin (pó), seguindo o modelo mítico de que este orixá é considerado"a mãe dos feitiços". In natura suas folhas e  flores, são também usadas em assentamentos e trabalhos com Exú.


Rosa amarela: utilizada na lavagem de cabeça dos filhos de Oxum, Abôs. Induz a intuição e aumento da mediunidade dos seus filhos.


Vassourinha-de-botão: Muito usado nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso na medicina popular.

ERVAS DE OXÓSSI

ERVAS DE OXÓSSI

Motumbá meus irmãos, hoje estamos lhes presenteando com aPÁGINA ERVAS DE OXÓSSI. Esperamos que assim como as demais já postadas em nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ, possam ser de fato mais um instrumento de formação e estudo para cada um de nós.




Acácia-jurema: Usada em banhos de limpeza, principalmente dos filhos de Oxóssi. É também utilizada em defumações. A medicina popular a utiliza em banhos ou compressas sobre úlceras, cancros, fleimão e na erisipela.


Alecrim de Caboclo: Erva de Oxalá, porém mais exigido nas obrigações de Oxóssi. Não possui uso na medicina popular.


Alfavaca-do-campo: Emprega-se nas obrigações de cabeça, nos banhos de descarrego e nos abô dos filhos do orixá a que pertence. A medicina caseira aplica esta planta para combater as doenças do aparelho respiratório, combate principalmente as tosses e o catarro dos brônquios; preparado como xarope é eficaz contra a coqueluche. Usada em chá ou cozimento das folhas.


Alfazema-de-caboclo: Conhecida popularmente como jureminha, a Alfazema é usada em todas as obrigações de cabeça, nos banhos de limpeza ou abô e nas defumações pessoais ou de ambientes. A medicina caseira usa os pendões florais, contra as tosses e bronquites, aplicando o chá.


Araçá – Araçá-de-coroa: Suas folhas são aplicadas em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e banhos de purificação. A medicina popular considera essa espécie como um energético adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às cólicas.


Araçá-da-praia: Planta arbórea pertencente a Yemanjá e a Oxóssi. É empregada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. No uso popular cura hemorragias, usando-se o cozimento. Do mesmo modo também é utilizado para fazer lavagens genitais.


Araçá-do-campo: É utilizada em banhos de limpeza ou descarrego e em defumações de locais de trabalho. A medicina popular emprega o chá contra a diarreia ou disenteria e como corretivo das vias urinárias.


Caapeba-pariparoba: Muito usada nas obrigações de cabeça e nos abô para as obrigações dos filhos recolhidos. Folha de muito prestígio nos Candomblés Ketu, pois serve para tirar mão de zumbi. A medicina popular utiliza seu chá para debelar males do fígado, e o cozimento das raízes para extinguir as doenças do útero. Surte efeito diurético.


Cabelo-de-milho: Somente o pé do milho pertence a Oxóssi; as espigas de milho em casa propicia despensa farta. Quando secar troque-a por outra verdinha. O cabelo-de-milho é muito usado pela medicina do povo como diurético e dissolvente dos cálculos renais. É usado em chá.


Capim-limão: Erva sagrada de uso constante nas defumações periódicas que se fazem nos terreiros. Propicia a aproximação de espíritos protetores. A medicina caseira a aplica em vários casos: para resfriados, tosses, bronquites, também nas perturbações da digestão, facilitando o trabalho do estômago.


Cipó-caboclo: Muito utilizada em banhos de descarrego. O povo lhe dá grande prestígio ao linfantismo, por meio de banhos. Usada do mesmo modo combate inflamações das pernas e dos testículos.


Cipó-camarão: Usada apenas em banhos de limpeza e defumações. O povo indica que, em cozimento é de grande eficácia no trato das feridas e contusões.


Cipó-cravo: Não possui uso ritualístico. Na medicina caseira actua como debelador das dispepsias e dificuldade de digestão. Usa-se o chá ao deitar. É pacificador dos nervos e propicia um sono tranquilo. A dose a ser usada é uma xícara das de café ao deitar.


Coco-de-iri: Sua aplicação se restringe aos banhos de descarrego, empregando-se as folhas. A medicina caseira indica as suas raízes cozidas para por fim aos males do aparelho genital feminino. É usado em banhos semicúpios e lavagens.


Erva-curraleira: Aplicada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos do orixá da caça. Na medicina popular é aplicada como diurético e sudorífico, sendo muito prestigiada no tratamento da sífilis. Usa-se o cozimento das folhas.


Goiaba – Goiabeira: É utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos de Oxóssi. A medicina caseira usa a goiabeira como adstringente. Cura cólicas e disenterias. Excelente nas diarreias infantis.


Groselha – Groselha-branca: Suas folhas e frutos são utilizados nos banhos de limpeza e purificação. A medicina popular diz que se fabrica com o fruto um saboroso xarope que se aplica nas tosses rebeldes que ameaçam os brônquios.


Guaco cheiroso: Aplica-se nas obrigações de cabeça e em banhos de limpeza. Popularmente, esta erva é conhecida como coração-de-Jesus. Medicinalmente, combate as tosses rebeldes e alivia bronquites agudas, usando-se o xarope. Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.


Guaxima-cor-de rosa: Usada em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô dos filhos do orixá da caça. É de costume usar galhos de guaxima em sacudimentos pessoais e domiciliares. Muito útil o banho das pontas. A medicina popular usa as flores contra a tosse; as folhas são emolientes; as pontas, sementes e frutos são antifebris.


Guiné-caboclo: Utilizado em todas as obrigações de cabeça, nos abô, para quaisquer filhos, nos banhos de descarrego ou limpeza, etc. Indispensável na Umbanda e no Candomblé. O povo usa para debelar os males dos intestinos, beneficia o estômago na má digestão. Usa-se o chá.


Incenso-de-caboclo – Capim-limão: Usada nas defumações de ambientes e nos banhos de descarrego. O povo a utiliza para exterminar resfriados, minorar as bronquites e, também, nas perturbações da digestão.


Jaborandi: De grande aplicação nas várias obrigações. A medicina popular adoptou esta planta como essencial na lavagem dos cabelos, tornando-os sedosos e brilhantes. Tem grande eficácia nas pleurisias, nas bronquites e febres que tragam erupções. Usa-se o chá internamente.


Jacatirão: Pleno uso em quaisquer obrigações. O seu pé, e cepa são lugares apropriados para arriar obrigações. Não possui uso na medicina caseira.


Jurema branca: Aplicada em todas as obrigações de ori, em banhos de limpeza ou descarrego e entra nos abô. É de grande importância nas defumações ambientais. A medicina caseira indica as cascas em banhos e lavagens como adstringente. Em chá tem efeito narcótico, corrigindo a insônia.


Malva-do-campo – Malvarisco: Seu uso se restringe aos banhos descarrego e limpeza. O povo a indica como desinflamadora nas afecções da boca e garganta. É emoliente, propiciando vir a furo os tumores da gengiva. Usa-se em bochechos e gargarejos.


Piperegum-verde – Iperegum-verde: Erva de extraordinários efeitos nas várias obrigações do ritual. A medicina aponta-a como debeladora de reumatismo, usando-se banhos e compressas.


Piperegum-verde-e-amarelo: Tem o mesmo uso ritualístico prescrito para o piperegum de Oxóssi. Na medicina popular é o mesmo que piperegum-verde.


Pitangatuba: Usado em quaisquer obrigações de ori, ebori, lavagem de contas e dar de comer à cabeça. A farmácia do povo indica em chá, nos casos de febres e também para desobstruir os brônquios.