sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

OMININDE E LOGUNEDÉ.

Na casa do principe logunede meu pai asé meu asé.A injo layo omó farayo .kalo bajo osun .Dancemos com osun ao encontro com a felicidade.. 

ERVAS DE ORISÁ

FOLHAS SAGRADAS !!!
Aqui estão alguns nomes de folhas em Iorubá com tradução para o portugues.
Amú - sete sangrias
Atori Guiabá - goiabeira
Ataparí Óbuko - anis
Aferê - mutamba
Alapá - folha de capitão
Awô Pupa - cipó-chumbo
Arusò - alfazema
Asikuta/Efim - malva branca
Ata - pimenta malagueta
Ataare - pimenta da costa
Atopá Kun - arruda
Atórinà - sabugueiro
Awurèpèpè - agrião do Pará/pimenta d'água
Utilizamos nos rituais de iniciação os vegetais classificados como ÈRÒ. Eles tem a função de abrandar o transe, apaziguar o orixá ou acalmar o iniciado. Servem também para facilitar a possessão e excitar o orixá.
Eis as folhas sagradas:
Abafé - pata de vaca
Abamodá - folha de fortuna
Abará okê - baunilha de Nicuri
Abebé Kó - tira teima
Abebé Osun - erva capitão
Aberé - picão preto/picão da praia
Àbitolá - cambará
Àfomon - erva de passarinho
Àgbá - romanzeiro
Àpaoká - jaqueira
Àgbadò - milho
Àgbaò - imbaúba
Àgbeyè - melão d'água
Àgbon - coqueiro
Àgogo - figueira do inferno
Àjobi Oilé - aroeira comum
Àjobi Pupá - aroeira vermelha
Àjobi Funfun - aroeira branca
Akan - cará moela
Alèkesi - São Gonçalinho
Alukerese - dama da noite
Alumon - boldo paulista
Bujé - jenipapeiro
Bejerekun - pidaíba
Bàrà - melância
Bàlá - taioba
Balaba - lírio do campo
Bánjókó - bem me quer
Dandá - junquinho
Efinfin - alfavaca
Efinrin - manjericão
Efinrin Kékéré - manjericão da folha miúda
Efin - malva branca
Ejinrin ( wéwé ) - Ewerepèpé - jambo
Ewé Bábá - boldo
Ewé Boyi - beti cheiroso
ewé Lará Pupa - mamona vermelha
Ewé Lará Funfun - mamona branca
Erúyánntefé - afavaca - erva doce
Eru Oridundun - folha de fortuna
Ewé Mesan - espada de Iansã
Ewé Legbá - patchouli
Ewé Asá - louro
Ewé Danda - alfazema
Ewé Kaiá - algas marinhas
Ègé - mandioca
Ègusi - melão
Èkèlegbara - perpétua
Ekun - sapé
Elégédé - abóbora
Èpá - amendoim
Eré Tuntun - levante miúda
Eró igbin - erva de bicho
Esísí - cansa
Etába ou Asá - fumo, tabaco
Etípónilá - erva tostão
Ewé Omí Ojú - vitória régia
Ewé Bíyemi - quebra pedra
Ewé Gbúne - bredo
Ewé idá orixá - espada de São Jorge
Ewé inón - folha de fogo
Ewé isinisini - mastruz
Ewe Òwú - algoodão
Ewé iyá - pariparoba
Ewé kúkúndúnkú - batata doce
Ewé lorogum - abre caminho
Fitiba - cana fita
Gunoco - língua de galinha
Gúrófá - araçá
Ipòlerim, Ipê Erin - babosa (aloe vera)
Igí Mésàn - para raio
Irokó - gameleira branca
Irum-perlêmin - capim cabeludo
Ilerim - folha de vintém
Jamim - cajá
Jacomijé - jarrinha
Junçá - espada de OgunJá - capeba
Kaia - beti branco
Kánieri - carqueja
Kiôiô - louro
Mariwô - folha de palmeira de dendê
Makasà - Catinga de mulata
Òdundún - folha da costa óu saião
Ójuóró - erva de Santa Luzia
Òjé dúdú - guapo ou guaco
Orógbo - orobo
Obí - noz de cola
Osè Obá - abre caminho
Òsibàtà - lótus
Omin-ojú - golfo branco
Obó - rama de leite
Òmum - Samambaia de poço ou pente de cobra
Omum - bredo
Ojusaju - guiné
Olatorije - levante
Owérénjéjé - dormideira
Obaya - beti cheiroso
Oicô - folha de caruru
Péregun - pau d`agua ou pau de d`alho
Pepe - malmequer branco
Sawéwé - alecrim
Tété - bredo sem espinho
Teterégun - cana do brejo
Tepola - pega pinto

FOLHAS SAGRADAS

FOLHAS !!!
Apesar do axé de todas as folhas pertencer a Ossain, todos os orixás possuem suas próprias folhas, algumas para usos iniciáticos, outras para banhos, outras para pós, algumas tão quentes ou tão frias, que seu uso não é recomendável, algumas somente para feitiços, etc. Cada tipo de folha pode pertencer a mais de um orixá.
CLASSIFICAÇÃO:
1) São divididas por elementos, a saber:
EWÉ AFÉEFÉ – folhas de ar
EWÉ INÓN – folhas de fogo
EWÉ OMIN – folhas de água
EWÉ ILÉ ou IGBÓ – folhas de terra
Essa divisão remonta à classificação dos orixás por elementos, apesar de sabermos que os orixás podem ter, e efetivamente possuem, folhas pertencentes a todos os elementos. A chave é o equilíbrio. Só para lembrar, a divisão dos orixás por elementos é:ORIXÁS DE FOGO: Exú, Ogum, Xangô, Oyá.ORIXÁS DE TERRA: Ogum (o ferro), Oxóssi, Omolú/Obaluaê, Nanã.(lama = terra + água), Oxumarê e Logun.ORIXÁS DE ÁGUA: Iemonjá, Oxum, Nanã, Oxumarê, Logun, Obá, Yewá, Oxalá (nas chuvas finas).ORIXÁS DE AR: Oyá, Oxalá (nas nuvens e no céu), Oxumarê (no arcoíris).
Devemos ter em mente que esta classificação é genérica, pois não leva em consideração que, em suas qualidades, os orixás se relacionam com outros orixás e, conseqüentemente, com outros elementos. Por exemplo, Oyá Onira = fogo + ar + água = água fervente ou vapor d’água; Ogum Alagbedê = fogo + ar = ferreiro do céu; Odé Inle = terra + ar + água, etc. Por isso, é aconselhável o uso equilibrado dos quatro elementos num amaci/abô/omieró, principalmente no que diz respeito aos rituais iniciáticos.
Outra classificação diz respeito à polaridade das folhas, determinada normalmente por seu formato, onde temos:
EWÉ APA ÒTÚN X EWÉ APA ÒSÍ
Folhas da direita Folhas da esquerda.
Masculinas Femininas.
Formas alongadas/fálicas Formas arredondadas/uterinas.
Geralmente, de fogo ou ar Geralmente de água ou terra.
Também se considera as condições de: excitação (gùn) ou calma (èrò)
geradas pelas folhas, que é de extrema importância.
GUN X ÈRÒ
Folhas de fogo ou terra, Folhas de ar ou água, que Facilitam a possessão e excitam ou abrandam o transe e acalmam o orixá e a pessoa.
Volta-se a frisar, o equilíbrio é fundamental.
Em banhos (amacis – banhos frescos, ou abôs – banhos de fundamento do axé) é necessário analisar as condições da pessoa e de seu orixá. Se o banho é para pessoa /orixá muito calmo, usam-se algumas folhas GUN, para equilibrar a energia. Se for ao contrário, usa-se algumas folhas ÈRÒ.
Geralmente, usam-se 7 folhas para banhos de Exú e 16 para os banhos de orixás, mantendo-se sempre a harmonia e o equilíbrio dentre os elementos já descritos.
Nos abôs ou amacis de iniciação, procuramos sempre usar oito folhas fixas e 8 que variam de acordo com o orixá pessoal do novo iaô.
Peregun – masculina, gùn, terra
Colônia – masculina, èrò, terra
Oriri – feminina, èrò, água
Macassá – feminina. gùn, água
Cana do Brejo – masculina, gùn, ar
Carurú s/Espinho – feminina, èrò, terra
Beti Branco – feminino, èrò, água/ar
Elevante – feminino, gùn, água
OBS: Todo banho (seja amaci ou abô) com fins rituais deve ser de erva fresca, colhida na parte da manhã com os devidos cuidados e rituais, quinado e devidamente rezado e imantado com uma vela acesa durante a sua preparação.
DIVISÃO DAS FOLHAS POR ORIXÁS.
OBS: As folhas grifadas em itálico são as de uso mais freqüente em banhos, iniciações ou lavagens de assentamentos e afins.
EXÚ
Picão, cambará, erva do diabo ou figueira do inferno, aroeira vermelha, dormideira, pimentas (quaisquer), arruda, olho de gato, carrapicho, tiririca, alfavacão, perpétua, sapê, cansanção, trombeta roxa, urtiga, maconha, branda-fogo ou folha de fogo, vassourinha ou mastruz, mamona vermelha, corredeira, coroa de cristo, cana de açúcar, arrebenta cavalo, bico de papagaio, azevinho, carurú ou bredo com espinho, tento de Exú

LENDA SOBRE OBI

UMA LENDA SOBRE O OBI! INTERESSANTE !
Olodunmare chama os homens para retornarem ao seu lar, porém nem mesmo a morte é capaz de apagar as lembranças os feitos de grandes homens.
Obi é um elemento muito importante no culto de Vodun, Orisa e Nkise. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu.
É um alimento básico, e toda vez que é oferecido, o seu consumo é sempre precedido por preces.
Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.
Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação.
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.
Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.
Após isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.
Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.
Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare,e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.
No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.
Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas.
Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela. Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.
Depois, ela começou a comer as nozes cruas.
Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.
Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.
Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu descodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.
Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.
Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.
Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente. A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimónia.
A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde

DIGA NÃO A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

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RÍTIMOS



RITMOS!!!
Existe uma grande variedade rítmica num terreiro. No Candomblé, cada toque corresponde a um Orixá em especial.Os mais comuns são:
ADABI ou EGO - ritmo dedicado a Exu
ADARRUM - dedicado a todos os Orixás, também tocado para Ogum.
AGUERÊ - ritmo cadenciado quando dedicado a Oxóssi e mais rápido quando tocado para Iansã.
Considerado o ritmo mais bonito do Candomblé.
ALUJÁ - toque rápido. Dedicado a Xangô.
BATÁ - também dedicado a Xangô. Pode ser lento ou rápido.
BRAVUM - não é atribuído a nenhum Orixá específico. É rápido, repicado e bem dobrado.
IGBIM - descreve a viagem de um ancião. É extremamente lento com batidas fortes. É dedicado a Oxalufã.
IJEXÁ - calmo e envolvente. Executado para Oxum.
ILÚ ou DARÓ - tocado com aguidavis (varetas). Atribuído a Iansã.
OPANIJÉ- ritmo pesado, lento triste e quebrado por pausas. Dedicado a Obaluaê.
RUFÓ - produz irradiação no terreiro. São repiques graves e constantes.
RUNTÓ - executado com cânticos para Obaluaê, Xangô e Oxumarê. De origem Fon.
SATÓ - lento e pesado. Tocado para Nanã.
VAMUNHA, RAMUNHA, ARRAMUNHA - é tocado para todos os Orixás, executado também na entrada e saída dos filhos de santo no barracão. É rápido, contagiante e muito bonito

-0:16

CASA DE AXÉ!!

mbém seres humanos; 7. Busque sempre a verdade das coisas com seu iniciador(a), mantenha um canal aberto de diálogos; 8.Não invente, não compare, não conspire, não crie movimentos destrutivos; 9. Entenda a família de Axé como a família biológica, é difícil lidar com tantas pessoas diferentes; 10. Flexibilize-se, não seja o centro das atenções; 11. Cultive o bom caráter e a bondade; 12. Não use do conhecimento lhe dado para julgar-se superior, afinal ninguém é o Orixá; 13. Sempre jogue água à sua frente ao entrar e sair do Ilê; 14. Vá ao Ilê por vontade própria, mas não deixe de ir pelas pessoas; 15. Ouça as orientações de seu Pai/Mãe, mesmo que lhe contrarie no momento; 16. Pratique a fé, a generosidade, a entrega e, não lhe sobrará tempo para as banalidades!!! Àşę ó ore, egbon, omode mi!

CULTOS AFRO-BRASILEIROS !!!

CULTOS AFRO-BRASILEIROS !!!
O culto a Iemanjá, "rainha do mar"na tradição afro-brasileira, transformou-se em festa popular na noite de ano-novo.
O culto afro-brasileiro acompanha, sob as várias formas que suas diferentes origens determinaram, quase toda a história do Brasil. Com a proibição de práticas religiosas pelos senhores e o conseqüente sincretismo dos deuses dos escravos com os santos católicos, cresceu a complexidade do fenômeno.
O I Congresso Afro-Brasileiro, realizado em Recife em 1934 por iniciativa de Gilberto Freire, permitiu um primeiro levantamento sistematizado da influência negra no Brasil. Em vista das origens diversas dos escravos e do sincretismo entre os próprios grupos negros que aqui se formaram, sempre foi tarefa muito complexa uma geografia e uma sociografia dos cultos afro-brasileiros. Esse problema cresceu ainda mais com a disseminação desses cultos nos grandes centros urbanos, o que propiciou o aparecimento de novas formas de sincretismo, também com o espiritismo kardecista.
Em 1941 realizou-se no Rio de Janeiro o I Congresso de Espiritismo de Umbanda. A partir de 1950, acelerou-se o crescimento do número de adeptos e de terreiros dos cultos afro-brasileiros. A Congregação Espírita Umbandista do Brasil (1950), a União Nacional de Cultos Afro-Brasileiros (1952) e outras instituições nacionais e regionais coordenam e defendem os interesses de seus fiéis. Inicialmente restritos aos escravos e seus descendentes, os cultos afro-brasileiros, especialmente a umbanda, ganharam adeptos da classe média urbana.
O candomblé das diversas "nações" africanas é a religião afro-brasileira que mais fielmente preserva as tradições dos antepassados e a menos permeável às transformações sincréticas, embora cultue secundariamente entidades assimiladas, como os caboclos e os pretos velhos. Predomina na Bahia e tem muitos seguidores no Rio de Janeiro. A umbanda é francamente sincrética com o cristianismo e o espiritismo kardecista. Os subúrbios do Rio de Janeiro possuem grande quantidade de terreiros ou barracões de umbanda. O culto afro-brasileiro toma o nome de pajelança na Amazônia, babacuê no Pará, tambor-de-mina no Maranhão, xangô em Alagoas, Pernambuco e Paraíba e batuque no Rio Grande do Sul.
CANDOMBLÉ. Paradigma dos cultos de origem africana em todo o país, o ritual do candomblé pode ser considerado, do ponto de vista musical, um oratório dançado. Cada entidade -- orixá, exu ou erê -- tem suas cantigas e suas danças específicas. O canto é puxado, em solo, pelo pai ou mãe-de-santo e é seguido por um coro em uníssono, formado pelos filhos-de-santo. Nas melodias mais antigas a escala é pentatônica. Não há funções tonais nem cadenciais, acordes dissonantes ou artificiais. Da cerimônia participam três instrumentos básicos: os atabaques, o agogô e o piano-de-cuia (aguê); a estes se acrescentam um adjá (no candomblé das nações do grupo jeje-nagô) e um caxixi (nos ritos do grupo angola-congo).
Tal como se encontra na Bahia, esse candomblé, que pode ser considerado mais ou menos ortodoxo, na realidade já se apresenta como um resumo de várias religiões trazidas pelos negros da África e incorpora ainda elementos ameríndios, do catolicismo popular e do espiritismo.
XANGÔ. Ainda que com características próprias, o xangô é a versão local, em Pernambuco, Paraíba e Alagoas, do candomblé baiano. Xangô é também a denominação, em língua africana, do orixá jeje-nagô das tempestades, raios e trovões, cultuados em vários estados do Brasil. O ritmo do xangô é fortemente marcado por instrumentos percussivos. A dança se caracteriza pelo aspecto guerreiro, com os braços em ângulo reto e as mãos viradas para cima.
TAMBOR-DE-MINA. Manifestação própria do Maranhão, cuja procedência é o ritual angola-congo do candomblé, mesclado a outras sobrevivências litúrgicas, o tambor-de-mina ou tambor-de-crioulo caracteriza-se por uma série de cantos acompanhados por três tambores, uma cabaça e um triângulo de ferro.
CANDOMBLÉ-DE-CABOCLO. Manifestação própria da cidade de Salvador e municípios vizinhos, na Bahia, o candomblé-de-caboclo é uma espécie de candomblé nacionalizado, que toma por base a ortodoxia do candomblé jeje-nagô. Trata-se de exemplo nítido do sincretismo religioso popular no Brasil. Registram-se nele influências indígenas e mestiças, resumindo-se os hinos especiais de cada encantado ou caboclo, cantados em português, a uma declaração de seus poderes sobrenaturais.
BABAÇUÊ. Versão local, em Belém PA, do rito jeje-nagô do candomblé baiano, o babaçuê se assemelha em muitos pontos ao candomblé-de-caboclo. Canta-se e dança-se ao ritmo de três abadãs (tambores), um xequeré (cabaça) e um xeque (chocalho de folha-de-flandres). Os hinos denominam-se doutrinas e podem ser cantados em língua africana ou em português, segundo os espíritos com que se relacionam. Uma variedade desse rito, o batuque, tem suplantado o babaçuê nos dias atuais.
UMBANDA. Religião sincrética própria do estado do Rio de Janeiro, a umbanda é praticada em terreiros encabeçados por um pai ou mãe-de-santo, que preside às cerimônias, auxiliado por um cambono (acólito). Os cânticos denominam-se pontos e, como no candomblé, têm a função de chamar o santo, que se incorpora nos filhos-de-santo, ou cavalos. Correspondentes às nações do candomblé, as linhas de umbanda são diversas: linha do Congo, linha do Cabinda, linha da Costa. Como no candomblé, os orixás se comunicam diretamente com as pessoas em poucas oportunidades; preferem fazê-lo por intermédio de entidades intermediárias, os pretos velhos.
PAJELANÇA. No caso da pajelança (Amazonas, Pará, Piauí, Maranhão), o elemento gerador é genuinamente ameríndio. As curas são levadas a efeito pelos pajés, verdadeiros xamãs indígenas. O instrumento básico de pajelança é o maracá, instrumento sagrado do pajé. As cerimônias acompanham-se sempre de cantos e danças para divertir os espíritos. Os cantos são melodias folclóricas conhecidas; as danças, exercícios mímicos, com rugidos e uivos imitativos dos animais invocados. Há inúmeras diferenças rituais entre uma pajelança e outra, sendo mais característica entre as rurais a pureza dos traços ameríndios, enquanto nas urbanas se registra uma mescla de elementos afróides, do catimbó, do espiritismo e do baixo catolicismo. Uma versão da pajelança amazônica é a encanteria ou encantaria piauiense, fortemente aculturada com o catolicismo popular. Na encantaria, os crentes repetem várias vezes certa quadra rogatória de purificação, após o que o pai-de-santo dança em volta da guna (forquilha central da sala), no centro de um círculo formado por todos os dançantes, que giram sobre si mesmos da direita para a esquerda, em torno do mestre, que entoa cantos (aié) para que algum moço (espírito) se aposse de seu aparelho (filho ou filha-de-santo) e cante sua doutrina, dançando em transe.
CATIMBÓ. A origem do catimbó, cuja prática pode ser encontrada em todo o Nordeste, parece ser a magia branca européia, chegada via Portugal, aculturada com elementos negros, ameríndios, do espiritismo e do baixo catolicismo. Nele se registram cantos de linhas, mas sem nenhum instrumento musical nem bailado votivo.

EXU!!

EXÚ!!
 Senhor do poder e da transformação. É o primeiro a receber as homenagens e as oferendas. Ao ser tratado com consideração, reage favoravelmente, mostrando-se serviçal e prestativo.
Mensageiro dos mortais para os orixás, é o senhor da vitalidade, vigia as passagens, abre e fecha caminhos; por isso, ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar meios para progredir, além de proteger contra perigos. É filho de Iemanjá muito afeiçoado a Ogum a quem sempre acompanha nas batalhas.
É o mais humano dos orixás: nem totalmente bom, nem totalmente mau. É apaixonado, esperto, criativo e impulsivo.
LAROYÊ EXU !

OMOLU E OBALUAIÊ

 suas metas. É perseverante e firme como uma rocha.
É considerado um orixá muito importante e temido.
ATOTÔ OBALUAÊ !

PARA REFLETIR

A cada amanhecer uma nova história iremos escrever. Procure sempre renovar as esperanças e ter a consciência que um dia vc conseguirá alcançar seus objetivos. Não se culpe ou se deprima quando é demorado afinal de contas td tem seu motivo, hora e merecimento para alcançar. Viva sempre com a esperança é certeza que TD é passageiro e as dificuldades da vida são um aprendizado para darmos valor ao simples e aos que estão sempre ao nosso lado. Um grande beijo no coração, grande abraço e fique na paz! OGUN NADJI !

HUNJEGBE

nica, e até aposição dos seguis tem seu lugar de origem. E somente o povo, a priori, de jêjê é que teria o direito e dever da conquista desse yan sagrado. Mas, conta um itan que com a fuga da Bessem do antigo Dahomé para as terras de Ketu, esse Yan, foi presenteado por ele ao povo de Ketu como forma de gratidão, daí passando algumas tribos a aderirem como forma de homenagem aos voduns. Isso tbm deve-se a íntima ligação do Hunjegbe as Cidades de Savé e Savalu por onde passaram Nanã e Omolu...

OGUN

Primeiro filho de Iemanjá e Oxalá. companheiro inseparável da mãe, irmão de Exu e Oxóssi, confiando a este suas armas e os segredos da caça.
Foi casado com Iansã e Oxum mas vive só - é o "abre-caminhos."
É considerado o introdutor da agricultura, criando as ferramentas para o cultivo da terra. É o senhor do ferro, patrono dos maquinistas, ferroviário e motoristas, também cultuado como o orixá da civilização tecnológica.
É viril, e corajoso, remove obstáculos, persegue objetiv...
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OSUMARÊ

tado de grande capacidade e inteligência.
AHO GBO GBO Y, OXUMARÊ !

A FÉ

A fé nada mais é que a maior das forças que podes direcionar para que o teu desejo possa mesmo acontecer.
Lindo é... quando você nunca desiste dos seus sonhos, quando você não julga ou se julga (...), mas compreende que errar também alicerça valores no seu caminho, fortalece suas bases e refina sua conduta, para belos e desafiadores dias vindouros

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as... Foram sete.Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei. Fala, meu preto velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?E ele, suavemente respondeu: Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.
A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
A terceira, distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.
A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.
A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.
A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
A sétima, filho, notas como foi grande e como deslisou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos “Olhos” de todos os Orixás. Fiz doação dessas aos Médiuns vaidosos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO!

OXAGUIÃ e OXALUFÃ

OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco. É um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo o tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.
Em África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá (Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil e na Europa a quantidade reduz-se significativamente, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã) e Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), se tornaram as suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao facto de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu origem à palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passou a ser conhecido no Brasil e na Europa. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades das suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do primeiro mais velho e paciente.
Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiriam no mundo.
A maior interdição de Oxalá é de facto o azeite-de-dendê, que jamais deve macular as suas roupas, os seus objectos sagrados e muito menos o seu Alá. A única coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado com a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. A sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A acção de cobrir não evoca somente protecção, zelo, denota a actividade masculina no acto sexual.
No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o mesmo teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.
Características do filho de Oxalufã
O tipo físico de OXALUFÃ é frágil, delicado, friorento, sujeito-a resfriados. Compensa sua debilidade física com grande força moral, e seu alvo à realizar a condição humana no que tem de mais nobre. É fiel no amor e na amizade. Oxalufã é o poente.
Características do filho de Oxaguiã
O tipo OXAGUIÃ é um jovem guerreiro combativo. Normalmente tem boa aparência, podem ser altos, baixos, forte e magros, pois seu arquetipo não o traduz, não é agressivo nem brutal, teimosos, individualistas e altruístas. Não despreza o sexo e cultiva o amor livre. É alegre, gosta profundamente da vida, é falador, brincalhão e ao mesmo tempo teem muita seriedade e não perdoam a Injustiça. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhosos, gostam da boa briga pela boa causa, às vezes, uma espécie de D. Quixote. Os seus pensamentos originais geralmente antecipam os da sua época. Ele é o nascente e o dono das manhãs.