terça-feira, 29 de março de 2016

UNIDOS PELO AMOR E PELA FÉ!ASÉ!

























Candomblé Ketu (pronuncia-se quêtu) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras.
No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.
Teve inicio em Salvador, Bahia, de acordo com as lendas contadas pelos mais velhos, algumas princesas vindas de Oyó e Ketu na condição de escravas, fundaram um terreiro num engenho de cana. Posteriormente, passaram a reunir-se num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Jeje-Nagô pretextando a construção e manutenção da primitiva Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha, atual Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha que, segundo historiadores, efetivamente conta com cerca de três séculos de existência.[1]
No Brasil Colônia e depois, já com o país independente mas ainda escravocrata, proliferaram irmandades. "Para cada categoria ocupacional, raça, nação - sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas - havia uma. Dos ricos, dos pobres, dos músicos, dos pretos, dos brancos, etc. Quase nenhuma de mulheres, e elas, nas irmandades dos homens, entraram sempre como dependentes para assegurarem benefícios corporativos advindos com a morte do esposo. Para que uma irmandade funcionasse, diz o historiador João José Reis, precisava encontrar uma igreja que a acolhesse e ter aprovados os seus estatutos por uma autoridade eclesiástica".
Muitas conseguiram construir a sua própria Igreja como a Igreja do Rosário da Barroquinha, com a qual a Irmandade da Boa Morte manteve estreito contato. O que ficou conhecido como devoção do povo de candomblé. O historiador cachoeirano Luiz Cláudio Dias Nascimento afirma que os atos litúrgicos originais da Irmandade de cor da Boa Morte eram realizados na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, templo tradicionalmente freqüentado pelas elites locais. Posteriormente as irmãs transferiram-se para a Igreja de Santa Bárbara, da Santa Casa da Misericórdia, onde existem imagens de Nossa Senhora da Glória e da Nossa Senhora da Boa Morte. Desta, mudaram-se para a bela Igreja do Amparo desgraçadamente demolida em 1946 e onde hoje encontram-se moradias de classe média de gosto duvidoso. Daí saíram para a Igreja Matriz, sede da freguesia, indo depois para a Igreja da Ajuda.
O fato é que não se sabe ao certo precisar a data exata da origem da Irmandade da Boa Morte. Odorico Tavares arrisca uma opinião: a devoção teria começado mesmo em 1820, na Igreja da Barroquinha, tendo sido os Jejes, deslocando-se até Cachoeira, os responsáveis pela sua organização. Outros ressaltam a mesma época, divergindo quanto à nação das pioneiras, que seriam alforriadas Ketu. Parece que o “corpus” da irmandade continha variada procedência étnica já que fala-se em mais de uma centena de adeptas nos seus primeiros anos de vida.
Essas confrarias eram os locais onde se reuniam as sacerdotisas africanas já libertas (alforriadas) de várias nações, que foram se separando conforme foram abrindo os terreiros. Na comunidade existente atrás da capela da confraria foi construído o Candomblé da Barroquinha pelas sacerdotisas de Ketu que depois se transferiram para o Engenho Velho, ao passo que algumas sacerdotisas de Jeje deslocaram-se para o Recôncavo Baiano para Cachoeira e São Félix para onde transferiram a Irmandade da Boa Morte e fundaram vários terreiros de candomblé jeje sendo o primeiro Kwé Cejá Hundé ou Roça do Ventura.
O Candomblé Ketu ficou concentrado em Salvador. Depois da transferência do Candomblé da Barroquinha para o Engenho Velho passou a se chamar Ilê Axé Iyá Nassô mais conhecido como Casa Branca do Engenho Velho sendo a primeira casa da nação Ketu no Brasil de onde saíram as Iyalorixás que fundaram o Ilê Axé Opô Afonjá e o Ilê Iya Omin Axé Iyamassé, o Terreiro do Gantois.

Mudança de hábitos e costumes


Mudança de hábitos e costumes
As casas de candomblé são frequentadas e habitadas por um número variável de pessoas, pode variar de 20 a 300 pessoas dependendo do tamanho da casa e da ocasião ou do evento. Fora do período de festas na casa só ficam as pessoas residentes, mas nas obrigações e festas além dos residentes virão os outros filhos de santo da casa, os visitantes e convidados. Quanto maior o número de pessoas, maior será a preocupação com a higiene e alimentação. Os animais são abatidos pelo Axogum e limpos, as comidas são preparadas sempre sob a vigilância encarregada da cozinha e responsável pela qualidade dos alimentos tanto para os orixás como para as pessoas.
A maior preocupação nas casas de candomblé e das outras religiões afro-brasileiras sempre foi com as doenças infecciosas, principalmente a tuberculose e hepatite, por serem transmissíveis através de copos e talheres. Por esse motivo, cada filho da casa deve ter seu prato e caneca identificados, iyawos durante o período de recolhimento não usam talheres, só passam a usá-los depois da caída de quelê. A higiene com pratos, talheres e copos sempre foi constante. Nos tempos modernos, quando já existem os materiais descartáveis, ficou um pouco mais fácil de lidar com o problema.
Com o surgimento de novas doenças como a aids,[25] muitos hábitos e costumes do candomblé tiveram que ser mudados.[26] Na iniciação os Iyawos tinham suas cabeças raspadas e curas feitas por uma única navalha que a Iyalorixá recebia de sua mãe-de-santo quando da posse do cargo, isso passou a ser feito com mais cuidado, adotando-se navalhas individuais ou descartáveis.
Um dos maiores problemas enfrentados nas casas de candomblé tem sido com a dengue, principalmente nas regiões onde os focos do mosquito estão sendo combatidos. Os potes de abô (infusão de folhas sagradas) foram esvaziados para evitar possível proliferação do mosquito, os banhos são preparados com água e folhas frescas e usados imediatamente.
A presença de crianças durante as festas de candomblé tem sido foco de discussões nos terreiros da Bahia, após a proibição feita pela Federação Baiana do Culto Afro-Brasileiro

SOU DE AXÉ VISTO BRANCO.

Temas polêmicos
Preconceito[editar
Manuel Raimundo Querino foi um abolicionista ferrenho, lutou contra as perseguições existentes aos praticantes das religiões afro-brasileiras que eram rotuladas de religiões bárbaras e pagãs.
Procópio de Ogum teve o seu reconhecimento por ter participado da legitimação da religião do candomblé, durante a perseguição às religiões afro-brasileiras promovida pelas autoridades do Estado Novo. Nesse período, o Ilê Ogunjá foi invadido pela polícia baiana, sob a supervisão do famoso delegado Pedrito Gordo. Procópio foi preso e espancado. O jornalista Antônio Monteiro foi uma das pessoas que ajudou na libertação de Procópio. Tal acontecimento - caso Pedrito - registrou o nome de Procópio na história popular baiana, chegando mesmo a fazer parte de uma letra de samba-de-roda:
Cquote1.svg "Não gosto de candomblé que é festa de feiticeiro quando a cabeça me dói serei um dos primeiros Procópio tava na sala esperando santo chegá quando chegou seu Pedrito Procópio passa pra cá Galinha tem força n’aza o galo no esporão Procópio no candomblé Pedrito é no facão." "Acabe com este santo Pedrito vem aí lá vem cantando ca ô cabieci" Cquote2.svg
— (Alvarenga, 1946, p. 200)
Cquote1.svg O Jornal da Bahia, de 3 de maio de 1855, faz alusão a uma reunião na casa Ilê Iyá nassô: "Foram presos e colocados à disposição da polícia Cristóvão Francisco Tavares, africano emancipado, Maria Salomé, Joana Francisca, Leopoldina Maria da Conceição, Escolástica Maria da Conceição, crioulos livres; os escravos Rodolfo Araújo Sá Barreto, mulato; Melônio, crioulo, e as africanas Maria Tereza, Benedita, Silvana... que estavam no local chamado Engenho Velho, numa reunião que chamavam de "candomblé"". Cquote2.svg
— Pierre Verger.
Brasília - Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com a Baiana Mãe de Santo Raida, na Conferência Regional das Américas
Abdias do Nascimento conta, em uma entrevista concedida ao Portal Afro:
Cquote1.svg Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não podiam aceitar isso.
Homossexualidade[editar
A homossexualidade está presente na maioria das religiões, porém oculta, indiscutivelmente abafada por princípios e muitas vezes negada pelos ex-homossexuais.
No candomblé, a homossexualidade é amplamente aceita e discutida nos dias atuais, mas já teve um período que homens heterossexuais e homossexuais não podiam ser iniciados como rodantes (termo usado para pessoas que entram em transe), não era permitido em festas que um homem dançasse na roda de candomblé mesmo que estivesse em transe.
O mais famoso e revolucionário homossexual do candomblé foi sem dúvida Joãozinho da Goméia, que afrontou as matriarcas e ocupou seu espaço tornando-se conhecido internacionalmente. Tiveram muitos outros, mas nenhum conseguiu suplantá-lo em ousadia e popularidade.
Aborto
As religiões afro-brasileiras, que, na maioria, são religiões derivadas das religiões tribais africanas, são contra o aborto: o africano vê o filho como a continuação da própria vida, filho é o bem mais precioso que o homem africano possa ter. Em consequência disso, foram trazidos para o Brasil alguns conceitos.
No conceito social: amparam e orientam adolescentes e mulheres grávidas.
No conceito religioso: Oxum é quem rege o processo de fecundidade, cuida do embrião, evita o aborto espontâneo, não aprova o aborto provocado, mantém a criança viva e sadia na barriga da mãe até o nascimento. Uma mulher quando não consegue engravidar, recorre à Oxum.
No conceito jurídico: só aprova a interrupção da gravidez, nos casos previstos em lei.
Mas, como em toda religião, quando acontece uma gravidez indesejada, muitas mulheres procuram soluções alternativas fora dos terreiros, como: chás, remédios e até mesmo clínicas de aborto.Somos contra o aborto.

CANDOMBLÉ

Candomblé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Candomblé
Casa branca engenho velho.jpg Ilê Axé Iyá Nassô Oká - Terreiro da Casa Branca - a casa de candomblé mais antiga de Salvador, na Bahia
Religiões afro-brasileiras
Princípios Básicos Deus queto | Olorum | Orixás Jeje | Mawu | Vodun Banto | Nzambi | Nkisi
Templos afro-brasileiros Babaçuê | Batuque | Cabula | Candomblé | Culto de Ifá | Culto aos Egungun | Quimbanda | Candomblé de caboclo | Macumba | Omoloko Tambor-de-Mina | Terecô | Umbanda Xambá | Xangô do Nordeste Sincretismo | Confraria
Literatura afro-brasileira Terminologia Sacerdotes Hierarquia
Religiões semelhantes Religiões Africanas santería Palo Arará Lukumí Regla de Ocha Abakuá Obeah
Candomblé é uma religião derivada do animismo africano[1] onde se cultuam os orixás, voduns ou nkisis, dependendo da nação.[2] Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões de matriz africana mais praticadas, tendo mais de três milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil.[2] Também é possível encontrar o chamado povo do santo em outros países como Uruguai, Argentina[3] , Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha[4] , Itália, Portugal e Espanha[5] [6] .
Cada nação africana tem, como base, o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas nomeavam um zelador de santo também conhecido como babalorixá no caso dos homens e iyalorixá no caso das mulheres.
A religião tem, por base, a anima (alma) da Natureza, sendo, portanto, chamada de anímica. Os sacerdotes africanos que vieram para o Brasil como escravos, juntamente com seus orixás/nkisis/voduns, sua cultura, e seus idiomas, entre 1549 e 1888, é que tentaram de uma forma ou de outra continuar praticando suas religiões em terras brasileiras. Foram os africanos que implantaram suas religiões no Brasil, juntando várias em uma casa só para a sobrevivência das mesmas. Portanto, não é invenção de brasileiros.[7]
Diz Clarival do Prado Valladares em seu artigo "A Iconologia Africana no Brasil", na Revista Brasileira de Cultura (MEC e Conselho Federal de Cultura), ano I, Julho-Setembro 1999, p. 37, que o "surgimento dos candomblés com posse de terra na periferia das cidades e com agremiação de crentes e prática de calendário verifica-se incidentalmente em documentos e crônicas a partir do século XVIII". O autor considera difícil para "qualquer historiador descobrir documentos do período anterior diretamente relacionados à prática permitida, ou sub-reptícia, de rituais africanos". O documento mais remoto, segundo ele, seria de autoria de dom Frei Antônio de Guadalupe, bispo visitador de Minas Gerais em 1726, divulgado nos "Mandamentos ou Capítulos da visita".
Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, inicialmente nas senzalas, quilombos e terreiros, proibido pela igreja católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião.[8] Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogados pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da Bahia) Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador.
Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e muitas pessoas de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente.[9] Orixás do candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.
O candomblé não deve ser confundido com umbanda, macumba, e/ou omoloko, e outras religiões afro-brasileiras com similar origem; e com religiões afro-americanas similares em outros países do Novo Mundo, como o vodou haitiano, a santería cubana, e o obeah, em Trinidade e Tobago, os shangos (similar ao tchamba[10] [11] africano, xambá e ao xangô do nordeste do Brasil) o ourisha, de origem iorubá, os quais foram desenvolvidas independentemente do candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.

Hierarquia

Hierarquia
Ver também: Hierarquia do candomblé
No Brasil, existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungun, Orixá, Vodun e Nkisi são separados por tipo de iniciação ao sacerdócio.
No culto de ifá, participam tanto homens quanto mulheres, sendo um culto patriarcal conduzido pelos babalaôs.
No culto aos egunguns, participam tanto homens quanto mulheres, sendo Culto patriarcal que lida diretamente com a ancestralidade, conduzidos pelos Ojé.
No candomblé queto, participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens (babalorixás) quanto por mulheres (ialorixás), entram em transe com orixá.
No candomblé jeje, participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens quanto por mulheres Vodunsis, entram em transe com vodun.
No candomblé banto, participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens quanto por mulheres iniciadas muzenzas: entram em transe com nkisi
.
Sacerdócio
Nas religiões afro-brasileiras, o sacerdócio é dividido em:
Axogun - Um dos cargos mais importante do Candomblé. Porém, como não é rodante, não pode iniciar ninguém sem a participação de um babalorixá ou iyalorixá.
Babalawo - Sacerdote de Orunmila-Ifa do Culto de Ifá
Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa
Babalorixá ou Iyalorixá - Sacerdotes de Orixás
Doté ou Doné - Sacerdotes de Voduns
Tateto e Mameto - Sacerdotes de Inkices
Ojé - Sacerdote do Culto aos Egungun
Babalosaim - Sacerdote de Ossaim
Lista de sacerdotes do candomblé
aqui fala em angola,ketu e jeje

Templos

Templos
Os templos de candomblé são chamados de casas, roças ou terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista: Casas pequenas, que são independentes, possuídas e administradas pelo babalorixá ou iyalorixá dono da casa e pelo Orixá principal respectivamente. Em caso de falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consanguíneos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar a casa é desativada. Não há nenhuma administração central.
Casas grandes, que são organizadas tem uma hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade civil ou beneficente.
A lei federal 6 292, de 15 de dezembro de 1975, protege os terreiros de candomblé no Brasil contra qualquer tipo de alteração de sua formação material ou imaterial. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Instituto Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) são os responsáveis pelo tombamento das casas.
A progressão na hierarquia é condicionada ao aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da iniciação. Em caso de morte de uma ialorixá, a sucessora é escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório Opele-Ifa ou jogo de búzios. Entretanto, a sucessão pode ser disputada ou pode não encontrar um sucessor, e conduz frequentemente ao rachar ou ao fechamento da casa. Há somente três ou quatro casas em Brasil que viram seu 100° aniversário.

Sincretismo

Foto de Neide Alves Souto.
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Sincretismo
No tempo das senzalas, os negros, para poderem cultuar seus orixás, nkisis e voduns, usaram, como camuflagem, um altar com imagens de santos católicos e ,por baixo, os assentamentos escondidos. Segundo alguns pesquisadores, este sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários cristãos para facilitar a conversão.
Depois da libertação dos escravos, começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé de séculos tenha incorporado muitos elementos do cristianismo. Imagens e crucifixos eram exibidos nos templos, orixás eram frequentemente identificados com santos católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades de caboclos, que eram consideradas pagãs como os orixás.
Mesmo usando imagens e crucifixos, inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja Católica, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não sabendo o que era isso.
Nos últimos anos, tem aumentado um movimento em algumas casas de candomblé que rejeitam o sincretismo aos elementos cristãos e procuram recriar um candomblé "mais puro" baseado exclusivamente nos elementos africanos.

CRENÇAS POPULAR.

MAGNÍFICO ÓRIRÊ ABÁFU ASÉ.
TE DESEJO FELICIDADE NA VIDA ,RIQUEZA ESPIRITUAL,E TUDO QUE FOR BOM.ASÉ
CRENÇAS POPULAR.
Crenças[editar | editar código-fonte]
O candomblé é uma religião monoteísta,[16] [17] embora alguns defendam a ideia que são cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu[18] é Olorum, para a Nação Bantu[19] é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.
Os orixás/inquices/voduns recebem homenagens regulares, com oferendas de animais, vegetais e minerais, cânticos, danças e roupas especiais. Mesmo quando há na mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia a dia dos membros do terreiro, mas não são cultuados em templo exclusivo, é louvado em todos os preceitos e muitas vezes é confundido com o Deus cristão.
os orixás da mitologia ioruba[20] foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba;
os Voduns da Mitologia Fon[21] foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon;
os Nkisis da mitologia banta,[22] foram criados por Zambi, Zambiapongo, deus supremo e criador.
O candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades" que podem ser cultuadas como um diferente orixá/inquice/vodun em um ou outro terreiro. Então, a lista de divindades das diferentes nações é grande, e muitos orixás do queto podem ser "identificados" com os voduns do jeje e inquices dos bantos em suas características, mas na realidade não são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.
Adeptos do candomblé
Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês xintoísmo). Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixás, que um babalorixá identificará. Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são incorporados.
Acreditam na vida após a morte, e que os espíritos dos babalorixás falecidos possam materializar-se em roupas específicas, são chamados de babá Egum ou Egungun e são cultuados em roças dirigidas só por homens no Culto aos Egungun, os espíritos das iyalorixás falecidas são cultuados coletivamente Iyami-Ajé nas sociedades secretas Gelede, ambos cultos são feitos em casas independentes das de candomblé que também se cultuam os eguns em casas separadas dos Orixás.
Acreditam que algumas crianças nascem com a predestinação de morrer cedo são os chamados abikus (nascidos para morrer) que podem ser de dois tipos, os que morrem logo ao nascer ou ainda criança e os que morrem antes dos pais em datas comemorativas, como aniversário, casamento, e outras.

AJÉ SALUGA

 

  AJÉ SALUGA

Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas.


Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.

Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula: "O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso".


Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun,Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.

Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas. Ela é a irmã mais nova de Iyemoja. Nós não conhecíamos os poderes de Aina, hoje revelados!" Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que em Yoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu toda riqueza a Fá Ayidogun. Os muçulmanos, depois disto, fizeram de Aina uma divindade, conhecida entre eles, como