domingo, 23 de novembro de 2014

NOSSOS ANCESTRAIS: BANTUS


NOSSOS ANCESTRAIS:
BANTUS, grupo mais numeroso, dividiam-se em dois subgrupos: angola-congoleses e
moçambiques. A origem desse grupo estava ligada ao que hoje representa Angola, Zaire e
Moçambique (correspondestes ao centro-sul do continente africano) e tinha como destino
Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.
IORUBAS OU NAGÔS -SUDANESES dividiam-se em três subgrupos: iorubas, jejes e


fanti-ashantis, trazidos do sudoeste do continente africano do que hoje é representado
pela Nigéria, Daomei e Costa do Ouro e seu destino geralmente era a Bahia.
Os IORUBÁS são o principal grupo étnico nos estados de Ekiti, Kwara, Lagos,
Ogun, Ongo, Osun, e Oyo. Um número considerável de iorubas vive na República
do Benin,
Os JEJES são um povo africano que habita o Togo, Gana, Benim e regiões
vizinhas, representado, no contingente de escravos trazidos para o Brasil, pelos
povos denominados fon, éwé, mina, fanti e ashanti.
Os GUINEANOS-SUDANESES MUÇULMANOS dividiam-se em quatro subgrupos: fula,
mandinga, haussas e tapas. Esse grupo tinha a mesma origem e destino dos sudaneses, a
diferença estava no fato de serem convertidos ao islamismo.
FON - a maior expressão histórica, política e social do povo se expressou no Benin através
do Reino do Dahomey e na Diáspora africana através do vodun.
Todos esses, falando línguas diferentes e cultuando seus próprios deuses. CONSTRUINDO
NOSSA RELIGIOSIDADE E CONHECIMENTO
Os bantus
Os angolanos e os congueses chegaram primeiro aqui. A partir de 1580 já havia uma
grande quantidade de escravos na Bahia. Os negros de Angola foram escravizados junto
com os índios nas fazendas dos jesuítas e de certos senhores de engenho. Eles receberam
dos indígenas o segredo das plantas da terra e criaram os primeiros candomblés, chamados
de calunduns.
Os djedjes.
No século XIX chega a próxima leva de escravos africanos que são os djedjes, muito
importantes numericamente, eles já encontram uma tradição religiosa organizada, herdam
vários elementos, mas trazem muitos recursos importantes da própria tradição jeje e criam
uma segunda tradição aqui.
Os nagos.
Ainda há um terceiro momento, dos nagôs e iorubás, que são os últimos a chegar, mas
vêm com tradições poderosíssimas, que trazem muitas novidades também, mas que
absorvem essa terminologia, essa organização espacial, tanto é que dentro do candomblé
de ketu existem vários termos de Angola e do jeje, que foram absorvidos. Ou seja, o
candomblé de ketu nagô trouxe tradições que influenciaram todos os demais, mas, por sua
vez, eles também absorveram tradições que já estavam instaladas aqui”.
Além de se misturarem entre si, as tradições africanas também receberam influências das
culturas indígena e portuguesa. Este cruzamento é a base da criação de religiões como a
umbanda, o catimbó e a jurema nordestina.


A religiosidade afro brasileira.


O candomblé, o cabula, a umbanda, a quimbanda, etc.
Cultos etnico-religiosos.
 - Rio Grande do Sul, e se estendeu para países vizinhos como Uruguai e
Argentina. É fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, como as nações
Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô.
 - Do Calundu colonial da Bahia surgem os primeiros terreiros de candomblé e
com eles a organização politico-social-religiosa. Cabula é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita surgida no final do século
XIX, com caráter secreto e fundo religioso. Além do cunho hermético, a seita mantinha
forte influência da cultura afro-brasileira, sobretudo dos malês, bantos com sincretismo
provocado pela difusão da Doutrina Espírita nos últimos anos do século XIX. A Cabula é
classificada como candomblé de caboclo, considerada como precursora da Umbanda,
persiste ainda como forma de culto nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio
de Janeiro.
Culto aos Egungun é uma das mais importantes instituições, tem por finalidade preservar
e assegurar a continuidade do processo civilizatório africano no Brasil, é o culto aos
ancestrais masculinos, originário de Oyo, capital do império Nagô, que foi implantado no
Brasil no início do século XIX. O culto principal aos Egungun é praticado na Ilha de Itaparica
no Estado da Bahia mas existem casas em outros Estados.
 - Concebe-se como Catimbó-Jurema, ou simplesmente Jurema, a religião que
se utiliza de sessões de Catimbó na veneração da Jurema sagrada e dos Orixás (sendo
estes últimos inexistentes no culto catimbozeiro original).
O Catimbó-Jurema[1]
 é um culto híbrido, nascido dos contatos ocorridos entre as
espiritualidades indígena, européia e africana, contatos esses que se deram em solo
brasileiro, a partir do século XVI, com o advento da colonização. [2]
.
Umbanda é uma religião brasileira que sincretiza vários elementos, inclusive de outras
religiões como o catolicismo, o espiritismo, as religiões afro-brasileiras e a religiosidade
indígena. A palavra umbanda deriva de m'banda, que em quimbundo significa "sacerdote"
ou "curandeiro".[1]

Quimbanda. - é uma ramificação da umbanda desde a sua fundação pelo médium
brasileiro Zélio Fernandino de Morais, já que o mesmo admitiu ter um exu como guia por
ordens de seus guias. Assim como qualquer religião, dentro da quimbanda, existem várias
linhas de desenvolvimento, mas o princípio de trabalhar respeitando as leis da Umbanda é
fundamental, uma vez que estas entidades são comandadas pelas entidades da Umbanda,
que é sua matriz.
 - A Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco.
Alguns autores, como Olga Caciatore[1]
 e Reginaldo Prandi,[2]
 afirmam que este culto está
praticamente extinto no país.
Omolocô é um culto originário do Rio de Janeiro com práticas rituais e de culto aos Orixás
e que aceita cultos, aos Caboclos, aos Pretos-velhos e demais Falangeiros de Orixás da
Umbanda. O culto Omolokô é apontado por estudiosos do assunto e praticantes como um
dos principais influenciadores da formação da Umbanda africanizada ao lado do Candomblé
de Caboclo, do Cabula e do próprio Candomblé. Teria surgido, segundo Tancredo da Silva
Pinto entre o povo africano Lunda-Quiôco.

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