segunda-feira, 6 de abril de 2015

Isso é viver em harmonia com o universo

Isso é viver em harmonia com o universo
assim fui educada por meus mestres!
Caminho lindo de luz!Olorum modupé!Asé!
.Será que nós realmente compreendemos a natureza na Tradição religiosa
A Sexta-Feira já é um dia especial, pois consagrada à Oxalá, Orixá ligado diretamente à criação do mundo e intitulado pai de todas as divindades. A Sexta-feira Santa, é ainda mais especial para o Povo de Santo, que guarda fielmente os preceitos que envolvem este dia, mesmo com a consciência que em verdade o sincretismo católico foi uma estratégia de resistência, nos legou uma herança cultural e histórica. Tal momento é tão significativo que nos conduz a respeitar este dia e seguir as tradições assim como nossos ancestrais fizeram.
Ao contrário de muitos radicais, o candomblé adota uma postura pacífica e de respeito a todas regligiões crenças e doutrinas, rendendo, neste momento, à Sexta-Feira Santa
Sexta-feira Santa, dia de reflexão, de fazermos a nossa via sacra, de percebermos nossos erros, de pedir misericórdia…mas principalmente um dia para termos a certeza da Ressurreição e por isso sermos felizes, pois amamos um Deus Vivo!
Quando comecei minha vida de abiyan no candomblé a mais de 46 anos atráz, tínhamos hábitos católicos dentro da “roça de santo”. Chegávamos ao Ilê na quinta à noite para acordarmos na sexta-feira em jejun, rezar, pedir à benção, comer peixe e muita canjica. Nos reuníamos em torno do axé, não haviam telefone, TV e muito menos Internet.
Era um dia diferente, tranquilo, de conversa baixa com harmonia. Às 18 horas íamos todos rezar em yorubá e agradecer humildemente por estarmos vivos também, assim como o santo católico e sua ressureição. Era um sincretismo fascinante e ao mesmo tempo de muita fé. .O respeito por todos santos e por jesus embora eu fosse um apaixonado pelo candomblé e os Orixás, mantinha as tradições familiares. Já no final da sexta-feira, começavam os preparativos para a grande festa de sábado de aleluia para Pai Ogun na casa de minha mãe terezinha de ogum, a preparação das bandeirinhas no teto do barracão, começavam as funções na casa, cada um sabia o que fazer e a noite se tornaria a nossa criança que só iria dormir no amanhacer do domingo
Axé.

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