quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ÁJÊ XALUGA (Um Orixa pouco conhecido no Brasil)

 

  AJÉ SALUGA

Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas.


Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.

Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula: "O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso".


Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun,Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.

Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas. Ela é a irmã mais nova de Iyemoja. Nós não conhecíamos os poderes de Aina, hoje revelados!" Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que em Yoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu toda riqueza a Fá Ayidogun. Os muçulmanos, depois disto, fizeram de Aina uma divindade, conhecida entre eles, como 
 

Culto a Egum - Egun gun

 

Aproveitando o mês de novembro para falar um pouco sobre Eguns (Babá Egungun), trago aqui um pouquinho mais sobre essa linda e tão importante cultura que muitos fantasiam muito, colocando medo nas pessoas onde os Egum são apenas nossos antepassados (parentes, amigos, familiares de santo, etc.). Dentro da religião Afro (o culto ao orixá, Candomblé,  JejêNagôAngola), as vezes o culto é um pouco difuso, o culto a Egun (Oro, Orun) é tão necessário quanto o culto ao orixá, nem sempre é preciso ter uma babá Egum montado, na maioria das vezes só a reverência é preciso. Dando um exemplo como você para no pé do Babá Exú da casa de santo (Bara Orixá), você cumprimenta, da padê, cachaça, saúda Exú, agradece e faz seus pedidos; o Culto a Egun é importantíssimo e deve ser sempre reverenciado, antes do Toque de orixá, antes de uma Bori, feitura, Obi dágua, Obrigação, isto é, é um culto tão obrigatório quanto o Culto a Eleguá (Exú Bara Orixá). No final do texto traduzido do espanhol para português (já peço desculpa se encontrarem algum erro, pois espanhol com Yoruba é um pouquinho complicado) estarei colocando um vídeo do Culto a Orun (Orô, Egun) para vocês terem uma noção de como o culto é muito parecido com do Lesé Orixá.

Nos países pertencentes ao antigo Império Yorùbá, as empresas têm focado suas práticas no culto deEgun (mortos), de fundamental importância para a religião a partir da cultura, porque, como dizem no sistema religioso Oxa-Ifá ", Iku Lobbi Orixá "(da morte nasceu Orixá), normalmente traduzido como" os mortos levavam a santa. " Para os iorubás, o conceito de morte é muito maior do que as outras religiões, para nós, seres humanos são compostos principalmente de três elementos: EmI (espírito), Ori (alma, cabeça) e Ara (corpo). A EMI e a Ori vivem no Ara  separados, Ori é aquele que está aprendendo e sabedoria de outras encarnações, que permanece fechado para a consciência da pessoa até a sua morte, durante iniciação religiosa a pessoa passa por um ritual de corte onde abre um pouco o Ori para abrir seu chakára para outros conhecimentos, que está sempre dentro do Ara, na região próxima da hipófise.
47_Yoruba_egungunO Emi é um que permite o diálogo interno, que guarda memórias desta modalidade e que dá um passo atrás em nossa consciência quando nós incorporamos o ser montado, (virar com santo ou desvirar) com o  Orixá, deixando o Ara (corpo). Quando morremos, EMI e Ori viram um só, e o ara (corpo) transforma-se em e deixar o Oku (o corpo morto) e ambos sendo uma só energia esperam o destino, seja para voltar ao Aiye (terra), ou seja, o Atùnwá (reencarnação), se eles se em Egun (morto) ou se Aragbá Orun (rota para Orun ”céu”) e, posteriormente, alcançar o estado de Ara Orun (habitante do Orun). Cult sociedades Iyami Eggun fêmea chamada Agba (minha avó), a maioria fez um culto de Eggun coletivo, não individual, no caso da Companhia Gelede esta energia, que inclui o sexo feminino é de Iyami Oxorongá Eggun, também chamado Nla Iya (mãe que está para além). A Companhia é composto exclusivamente por mulheres Gelede e só lidam com este imenso poder de Iyami Oxorongá. O medo que representa Iyami em partes da Nigéria faz os homens da região em suas festas, dancem vestidos de mulheres com máscaras do sexo feminino e dança em sua honra para apaziguar a raiva e íra para  estabelecer um equilíbrio entre as forças masculinas e femininas. Esta empresa não veio com o seu culto da Ilha de Cuba.

Sociedade culto Egun (egungun) do sexo masculino, não é individual, porque uma pessoa não é conhecido o culto em Cuba, mas de forma generalizada, como é no caso da Sociedade Secreta a  Oro, que se basea no culto a uma energia que representa o poder sobre os Eguns, através de seu capataz “Oro”. Em o caso de a sociedade Geledé, seu culto praticamente se encontra extinto na África e  na América nunca chego a realizar-se.
O poder atribuídos a elas (Yamimxorongá) é tão grande que deve ser cuidadosamente controlado, as vezes com a ajuda da Sociedade mais importantes a Egum,  depois destas sociedades que são Eggun individuais,  envolvidas nas figuras importantes do culto religioso ou familiar, estas são as "Sociedades Egungún”, onde o culto é baseado Eggun masculino, que se manifestam (as fêmeas não aparecem) e usam figurinos grande tecidos coloridos que os cobrem da cabeça aos pés, este tipo de vestuário em África é chamada Baía EKU e na Bahía o nome Opa.

EGUNS CULTO AO ACESTRAL- Baba Egungun ou Egum

 

EGUNS CULTO AO ACESTRAL

Baba Egungun ou Egun ou até mais conhecido como Egum é um ancestre ( relatiavamente é um ou vários membros de nossa família que desencarnaram).

Na Nigéria, o culto a Egungun está relacionado aos ancestrais. O povo Yoruba acredita nesta energia porque entendem que não existiria o presente e o futuro, sem a existência do passado. O culto é um dos mais difundidos em toda a população Yoruba. Na Nigéria são quase 30 milhões de pessoas que cultuam Egungun. Para se ter uma idéia da força desta energia, na Nigéria os três orixás mais cultuados são ExuOgun e Egungun.
Egungun é considerado orixá - ele é a única energia que dá ao homem condições de ser venerado depois de sua morte, dependendo do histórico da vida da mesma.
O culto a Egungun é altamente mágico e secreto, por isso os Olojés (pessoas que tem o poder de manipular a energia de Egungun) são respeitadíssimos. Todas as pessoas podem se beneficiar daenergia de Egungun para solucionar problemas no amor, trabalho, saúde, espiritualidade, etc.

No Brasil o culto não é difundido como na Nigéria e apesar dos equívocos de alguns pais e mães de santo, na Ilha de Itaparica, existe o culto de Egungun considerado parecido ao da Nigéria. EmItaparica o culto é totalmente secreto, talvez esse o motivo de não se ter mutilado através dos tempos, da escravidão aos tempos de hoje. O culto é equivocado no Brasil pois muitas pessoas dizem que Egun é energia negativa, e isso não é verdade.

O que falta, talvez para as pessoas do Brasil, seria informações sobre Egungun. O povo Yorubaacredita em reencarnação, pois Egungun está interligando vida e morte: assim que uma criança nasce, eles fazem todo um procedimento para saber o destino da criança, manipulam oráculos, ou então pedem a ajuda de babalawo que através de ifá, sabem se a criança é uma encarnação de algum antepassado. Constatando-se o fato, é feito o ritual de ikomojade, onde a criança terá um nome e é apresentada para a comunidade com uma festa.

Este ritual de ikomojade é feito dessa maneira: para o menino só depois de sete dias de vida e a menina após nove dias. O nome é muito importante para os Yoruba.

Se os babalawo, ao consultarem o oráculo, constatam que a criança é uma reencarnação de um antepassado, determinam o nome de babatunde (para meninos) e iyabode (para meninas). Esses nomes são utilizados no caso de reencarnação dos avós. Existem outros nomes que são dados dependendo do que for analisado pelo oráculo, trazendo sorte ao destino da pessoa:

Egun = Babaegun (uma coisa só) = Energia positiva

Oku orun (cidadão do orun) = Energia positiva

Oku (espírito sem procedência) = Energia negativa
VEJA AQUI ALGUNS NOMES DE EGUN, EGUM OU EGUNGUN

BÁBÀ ABICURE

ARÁSOJÚ

ALOJADE

BÁBÀ OJÚIRE

NILEKÉ

BÁBÀ AFERAN

DAN ORÚN

OMIODO

OJUINÃ

ONIRE

BÁBÀ YAO

ONILA

OKIM

NILÁ

ILEKÉ

BÁBÀ XIGUIDI

BABÁ EGUNGUN MOSTRA SUA FORÇA

 

  CULTO AOS EGUNGUNS

O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo".


A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito.
Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria .

Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.
Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.
Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espirito de seus mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos iniciados no culto aos Orixás.

Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.

 

Orixas Exu – Conhecendo suas personalidades

Exú Orixá é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades (orixás) do panteão iorubá. Para alguns é considerado como não exclusivamente mau, enquanto para outros é tido como a própria personificação do Mal, no Candomblé ele é dividido em vários aspectos (Orixá, escravo, guardião, etc), na Umbanda como povo de rua (guardiões da encruzilhada). Segundo Dopamu (1990), a maioria dos iorubás compartilham a opinião de que Exu personifica o Mal e atribuem a ele a responsabilidade por situações de briga, perigo, confusão, tumulto, má conduta e loucura. É comum ouvirmos um iorubá orando Oloorun ma je ki a ri ija Esu - Possa Deus nos ajudar a evitar o combate com Exu..

Exu Oriki
Exu Odara omokunrin Idolofin
Exu Odara, o homem forte de Idolofin
Paapa-wara; A tuka mase isa
O apressado, o inesperado
Ele, que quebra em fragmentos que não se pode juntar.
No mito cosmogônico Orixá Exú figura como responsável pela conservação do axé, o grande e divino poder com o qual as divindades realizam seus feitos sobrenaturais. (Abimbola, 1976). Em outros mitos, mostra-se freqüentemente associado a Orumilá. Vejamos um desses mitos, transcrito por Dopamu (1990):

Exu iba assentamento orixaUm dia Exú recebeu de Orumilá 120 mil búzios economizados e prometeu negociar com eles. Mas como desejava ver o trabalho de seu companheiro arruinado, com esse dinheiro comprou uma velha e a trouxe para ele. Não passaram três dias e a velha morreu. Mas Orumilá, conhecendo muito bem as intenções maldosas de Exu, aceitou o incidente com calma e providenciou rituais fúnebres com todas as honras para a falecida. Pois bem. A velha era mãe de dois grandes reis o Oba de Ibini (Benin) e o Oba de Oyo, que estavam procurando-a por toda parte, preparados para pagar por ela um resgate real. Ao tomarem conhecimento do ocorrido, compraram de Orunmilá o cadáver da mãe por incontáveis bolsas de búzios. Assim, Exus não conseguiu criar obstáculos no caminho de Oruminlá.

Outro mito esclarecedor a respeito das relações entre essas duas divindades o seguinte: Certa feita, Orumilá sofreu a ingratidão das pessoas do mundo e partiu para o céu, levando um feixe de varas e lamentando o ocorrido. No caminho encontrou Exu que lhe perguntou para onde ia. Ouvindo o relato, Exu considerou que, se os seres humanos podiam dizer coisas tão feias contra Orumilá, sempre tão  generoso para com eles, o que não diriam dele próprio, sempre tão cruel? Então, acompanhou o amigo até o céu, carregando o feixe de varas para ele e lá chegando, ao ver as pessoas do mundo irou-se.
Os búzios eram usados como moeda corrente”
Pegou algumas varas e começou a bater nelas. As pessoas clamaram a Olodumare por ajuda, dizendo que o promotor de desordens as havia seguido até o céu para matá-las. Olodumare enviou seus mensageiros para deter Exu e perguntou a Orumilá por que se recusara a proteger as pessoas entregues a seus cuidados. Este defendeu-se dizendo que Exu era responsável por todos os distúrbios do mundo e que dera, no céu, apenas uma demonstração de seu comportamento habitual na terra. Exu disse às pessoas que Orumilá as protegia no mundo mas não poderia protegê-las no céu. Então Olodumare disse a Orumilá que não levasse mais Exu ao céu e que cuidasse pessoalmente do bem-estar das pessoas no mundo. Aqui vemos Exú como gerador de distúrbios, dotado de poder para promover discórdias controláveis somente por Olodumare através de Orumilá (Dopamu, 1990).

Para Dopamu, Exu é o inimigo invisível do homem que, ardiloso e hábil, arremete sem descanso. Ao descrever as relações entre o homem e essa divindade, usa termos como estratégia e inimigo, denotando uma luta travada entre o Bem e o Mal, em dois campos de batalha articulados: o visível, na vida de relações sociais e o invisível, no íntimo da cada ser humano: Exu é uma realidade externa, bem como um demônio psicológico em nós. Embora Dopamu8 o considere como uma entidade exclusivamente malévola, outros autores o descrevem como uma divindade simultaneamente malévola e benévola (desde que receba seu tributo).

Seu santuário é geralmente construído fora da cidade ou da aldeia, podendo também ser encontrado em albergues para estrangeiros e encruzilhadas. É simbolizado por uma laje de pedra ou pedaço de laterita bruta enterrado obliquamente no chão. Às vezes é simbolizado por uma imagem feita de barro ou madeira. Cultuado e aplacado por “Cabe observar o fato de ter havido uma mudança na opinião desse autor a respeito da natureza de Exu. Na obra escrita em co-autoria com Awolalu”, Dopamu mostra-se de opinião que Exu não deve ser inteiramente identificado com o Satã das Escrituras cristã e muçulmana, por possuir caráter duplo, portanto, com traços de benevolência. No decorrer de seus estudos sua opinião se modifica e a obra Exu, o inimigo invisível do Homem  publicada em 1990 em português, por esta editora, constitui uma espécie de "retratação pública", conforme podemos ver no prefácio da obra referida toda a terra iorubá, aceita em sacrifício búzios, galos, cachorros e bodes, bem como uma parte dos sacrifícios oferecidos às demais divindades. Em algumas regiões realiza-se festivais anuais em sua homenagem, ocasião em que as pessoas lhe pedem bênçãos para a agricultura e proteção contra o mal.

Exú Orixá - história

 

Exu orixaExú Orixá este encontrado nascido e cultuado nas cidades de Ondo, Ijesa e Alaketu, a exemplo da dualidade que o acompanha o homem ele também apresenta os dois aspectos: o bom, o mal, o principio e fim, a vida e a morte.  Exú segundo este itán é o filho mais novo de Osaala, entre os Jeje o filho de Malú e Lisa, o casala primordial, entre osKetu filho de Nanã e irmão de Omolu, esumare e Iroko, outros ainda afirmam ser Esú filho de Yemoja.  Esú nasceu porque Orunmila e sua mulher Yegbirú desejavam muito ter um filho, a natureza lhes favorecia neste sentido. 
Foram  assim pedir ao Orun (céu) que os atendessem seus desejos a este respeito, e este os negou dizendo que ainda não seria a hora.     Olorun havia plantado a porta deOrunmila um pedaço de Laterita vermelha, misturada água e lama petrificada, triste sua mulher, fez com que Orunmila insistisse com esta idéia, a de querer ser mãe, ela pediu tanto que Orunmila propôs a Olorun, que permitisse aquela forma de Laterita que estava a sua porta, transforma-se no filho que eles queriam ter, Olorun então permitiu, então ao realizarem o ato sexual, nasceu Exú, ele passou 12 meses no ventre de sua mãe, recebeu o nome de Elegbara, Senhor do poder, e assim nasceu Elegbara, e nasceu com muita fome, e em seu nascimento pediu comida, e comeu todas as comidas a ele oferecidas, todas as qualidades de animais que haviam na terra, tanto macho, quanto fêmea, e ainda continuava faminto, e continuava pedindo, pediu mais a seu pai todos os tipos de vegetais, minerais, peixes que havia por perto, e como não havia mais nada para comer, Esú virou-se para sua mãe e a devorou-a, recebendo assim o titulo de Elegbo, Senhor das Oferendas.    Segue os principais caminhos de Èsú:
guia de exúYanji, Elegbara, Agbò, Akesan, Ajeú este Exú de Osogiayn (Oxaguian), Afonã, Alaketu, Alè, que é ligado as Iya-mi, Elerú senhor dos carregos, Onà senhor dos portões e caminhos, Eleguá, Lalú que vem de Oxossi e Logun.  Usa as cores prediletas preta e vermelha e todas as cores dos orisa,suas ferramentas Àgò, espécie de saco onde guarda seus kaoris, Abo Iran, cabaça de pescoço, Brajas, Ogo, bravun ritmo bata, Èsú como todas as comidas de todos os orisa, só não come carneiro, e sua principal kizila é o Adin. diz o Oriki de Exú  “ KO BA LAROIYE ÈSÚ”  SALVE O FALADOR.

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